VIDA URBANA
Assassinatos de mulheres caem
Números que apontam queda de 15% são do Núcleo de Análise Criminal e Estatística da Secretaria da Segurança e da Defesa Social.
Publicado em 04/01/2014 às 6:00 | Atualizado em 22/05/2023 às 12:41
Pelo segundo ano consecutivo, os índices de assassinatos de mulheres diminuíram na Paraíba. Em 2013, foram contabilizados 118 casos de vítimas dos chamados Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) – homicídios dolosos ou qualquer outro crime doloso que resulte em morte –, enquanto que no ano anterior foram 139.
Os números que apontam uma queda de 15% são do Núcleo de Análise Criminal e Estatística (Nace) da Secretaria da Segurança e da Defesa Social (Seds). De acordo com o Nace, a quantidade de crimes com vítimas do sexo feminino ocorridos no ano passado também é menor do que o aferido em 2011 e 2010 – 146 e 135 casos, respectivamente.
Para o titular da Seds, Cláudio Lima, a redução desse tipo de crime se deve à atenção especial que se tem dedicado ao enfrentamento à violência doméstica e de gênero. “Além da operação ‘Contra a Ameaça’, já prevista nos planos operacionais da Secretaria da Segurança, ainda foi implantado este ano o programa ‘Mulher Protegida’, nas cidades de João Pessoa e Campina Grande, por meio do qual a polícia faz o acompanhamento da vítima após a ameaça, indo à comunidade e sempre em contato direto para que um outro crime, contra a vida, por exemplo, não aconteça”, lembrou.
Já conforme uma das coordenadoras da ONG Bamidelê, organização composta especialmente por feministas negras da Paraíba, Terlúcia Silva,a redução não é expressiva. Ela ainda chama a atenção para a carência de políticas e iniciativas para diminuir os casos de crimes contra a mulher. “Claro que a gente vê essa diminuição como algo importante, mas não é uma mudança expressiva e não podemos ficar ostentando”, frisou.
Para a gerente executiva de Equidade de Gênero da Secretaria de Estado da Mulher e da Diversidade Humana, Elinaide Alves de Carvalho, os dados também continuam preocupantes, uma vez que existem problemas expressivos que precisam ser enfrentados. “O Estado e os municípios estão realizando ações importantes, mas temos um grande inimigo que é o tráfico de drogas. Sendo usuárias ou parceiras de usuários, isso está inscrito nesses casos”, disse.
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