VIDA URBANA
Assassino de família na Espanha é um psicopata perigoso e sem sentimentos
Constatação é do exame psiquiátrico ao qual Patrick Nogueira foi submetido.
Publicado em 13/12/2016 às 10:08
Patrick Gouveia, assassino confesso da família de paraibanos na Espanha, é um psicopata com risco de reincidência e um alto grau de periculosidade. Essas características foram constatadas por psiquiatras forenses que examinaram o jovem e colocadas em um relatório que já foi anexado ao processo judicial. Os detalhes foram divulgados pela emissora espanhola 'TVE'.
O exame psiquiátrico também classifica Patrick como uma pessoa consciente do que faz, muito inteligente e com total carência de sentimentos. Segundo os psiquiatras, o jovem possui uma absoluta falta de empatia e se mostrou incapaz de se colocar no lugar das suas vítimas.
A análise de sanidade mental de Patrick foi solicitada pelo Ministério Público espanhol. Os psiquiatras forenses estiveram com ele durante três sessões. O exame será uma das provas periciais para decidir a plena responsabilidade penal de Gouveia nos assassinatos do tio Marcos Campos Nogueira, da esposa dele, Janaína Santos Américo, e dos dois filhos pequenos do casal.
Patrick está preso preventivamente no presídio de Estremera, na província de Madri. Ele foi transferido no final de novembro, após receber ameaças de morte em Alcalá Meco, onde estava preso desde que se entregou e confessou o crime no Espanha.
Relembre o caso
No próximo domingo (18) completa três meses que os corpos dos paraibanos foram descobertos dentro de um chalé na cidade de Pioz, província de Guadalajara. As autoridades foram alertadas por um vizinho que 'percebeu o odor' vindo da residência. Segundo a polícia da Espanha, o crime aconteceu um mês antes .
Inicialmente a Guarda Civil espanhola trabalhou com a possibilidade de ajuste de contas. Porém, com o avançar das investigações, descartou-se essa tese e, 15 dias após a descoberta dos corpos, o caso foi dado como encerrado. François Patrick Nogueira Gouveia foi apontado como único suspeito, após a polícia achar material genético dele no local do crime.
Após se entregar na Espanha, Patrick confessou ser de fato o autor do crime. Em depoimento, ele não revelou os motivos que fizeram com que ele cometesse o assassinato, disse apenas que “sentiu uma ódio incontrolável e uma vontade de matar”.
No final de outubro, surpreendentemente, a Polícia Civil da Paraíba anunciou a prisão de um segundo suspeito de envolvimento nas mortes. A prisão preventiva de Marvin Henriques Correia foi pedida pelo Ministério Público, que acredita que o jovem de 18 anos participou do crime, mesmo à distância, ao trocar mensagens via WhatsApp com Patrick, enquanto este cometia os crimes. Marvin ficou pouco mais de um mês preso e está respondendo em liberdade por envolvimento na morte de Marcos Campos.
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