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VIDA URBANA

Assassino era querido pelos vizinhos da rua

Carlos José, que matou cinco pessoas da mesma família, era prestativo no bairro do Rangel.

Publicado em 21/04/2013 às 8:00

“Era o melhor vizinho que a gente tinha, muito prestativo, muito respeitador. Aqui todo mundo gostava dele”. Foi assim que a aposentada Neuza Alves lembrou de Carlos José, autor da tragédia que ficou conhecida como ‘Chacina do Rangel’, na qual cinco pessoas da mesma família foram assassinadas a golpes de facão. Quatro anos depois do crime que revoltou a Paraíba, a estreita rua Osvaldo Lemos, no bairro do Rangel, na capital, ainda guarda lembranças aterrorizantes da madrugada de 9 de julho de 2009.

A aposentada, que mora há 11 anos no local, disse que só soube da tragédia no dia seguinte, quando a rua foi tomada de carros da polícia e da imprensa. Quando soube que Carlos era acusado da chacina, dona Neuza se desesperou. “Ele era um rapaz muito bom, muito calmo. Não fazia mal a ninguém. Doeu muito quando fiquei sabendo que ele matou a família de Moisés.

Ainda hoje eu choro”, contou emocionada. A casa dela fica a poucos metros da casa onde morou Carlos e as vítimas.

Outra vizinha, Gardênia Pereira, lembrou que ficou em choque com o crime. E ainda mais quando soube que Carlos e Edileuza tinham sido os autores da tragédia. “Foi muito difícil de acreditar.

Todos os dias Carlos passava aqui, nos cumprimentava. Todo mundo tinha muita consideração por ele”, declarou. Uma das filhas de Gardênia brincava com as crianças de Moisés. Depois do crime, a menina perguntava: “Mamãe, por que Carlos fez isso com minhas amiguinhas?”Sem resposta, a mãe se afastava e chorava.

Segundo a polícia, Carlos José, acompanhado da esposa Edileuza, invadiu a casa do vizinho Moisés dos Santos e matou a família de maneira fria e cruel. O casal foi condenado pelo crime em setembro de 2010.

Poucos passos separavam a casa de Carlos e Moisés. Alguns dizem que eles discutiram por conta de uma galinha; outros afirmam que foi por briga das crianças.

Para o Ministério Público, quando entrou na casa do vizinho, Carlos já tinha intenção de destruir a família de Moisés. A chacina, ainda hoje, provoca choro entre as pessoas que continuaram morando na localidade. “Até hoje tenho pesadelo, é como se eu tivesse ouvindo os gritos de socorro das crianças.

Quero muito sair daqui, mas não consigo vender minha casa”, disse uma moradora da rua. Apenas um dos filhos do casal conseguiu escapar porque se escondeu debaixo do sofá. Os demais não se livraram da fúria do vizinho, que horas antes era considerado um amigo da família, uma pessoa pacata.

Imagem

Jornal da Paraíba

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