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VIDA URBANA

Assassinos de integrantes do MST na Paraíba conheciam o acampamento, diz delegada

Segundo a polícia, alvos dos criminosos eram apenas as duas vítimas que foram mortas.

Publicado em 10/12/2018 às 10:27 | Atualizado em 10/12/2018 às 18:05


                                        
                                            Assassinos de integrantes do MST na Paraíba conheciam o acampamento, diz delegada

				
					Assassinos de integrantes do MST na Paraíba conheciam o acampamento, diz delegada
Velório de Orlando aconteceu na cidade de Mari (Foto: Sílvia Torres/TV Cabo Branco).

Os responsáveis pelas mortes de dois integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), na zona rural da cidade de Alhandra, conheciam o local onde o duplo homicídio foi cometido.A informação foi dada pela superintendente regional de Polícia Civil, delegada Roberta Neiva. José Bernardo da Silva, conhecido como Orlando, e Rodrigo Celestino foram mortos a tiros na noite do sábado (8).

O crime aconteceu no momento em que as duas vítimas estavam jantando. O Acampamento Dom José Maria Pires fica na fazenda Garapu e o local está ocupado por famílias desde julho de 2017. Os assassinatos foram cometidos por dois homens que entraram no local com os rostos cobertos.

“O acesso ao local em que aconteceu o crime necessitava ser franqueado e foi franqueado, porque não há destruição das cancelas, é fato. O cenário no local, o perímetro, me diz que quem entrou e saiu conhecia a área, é fato”, afirmou a delegada Roberta Neiva em entrevista.


				
					Assassinos de integrantes do MST na Paraíba conheciam o acampamento, diz delegada
Criminosos entraram no acampamento com os rostos cobertos (Foto: Reprodução/TV Cabo Branco).

Neiva disse que as características do crime mostram que os alvos dos dos assassinos eram de fato Orlando e Rodrigo Celestino. Haviam outras pessoas no local, que não foram atingidas. “Não parece ter sido um 'abrir fogo'. Aparentemente, os disparos foram direcionados para as duas pessoas”, ressaltou a delegada.

No domingo (9), a delegada que está investigando o caso, Lídia Veloso, disse que o crime é tratado, a princípio, como execução.“Falaram que queriam só eles, mandaram os outros saírem do meio, renderam e atiraram. Por isso trabalhamos com execução”, explicou.

As vítimas

José Bernardo da Silva, de 46 anos, mais conhecido como Orlando Bernardo, era um dos diretores do MST na Paraíba. Ele não morava no Acampamento Dom José Maria Pires e estava visitando o local quando acabou sendo assassinado

Orlando é o segundo membro da família ligado a movimentos sociais vítima de assassinato. Em 2009, o irmão dele, Odilon Bernardo, que integrava o Movimento dos Atingidos por Barragens na Paraíba (MAB/PB) foi assassinado em uma emboscada. Depois disso, um outro irmão deles, Osvaldo entrou no programa de proteção aos defensores dos direitos humanos.

"Um trabalhador, um camponês, que era acampado da reforma agrária, que produiza num espaço de terra e também tava lutando para que outras pessoas tivessem esse direito”, disse Osvaldo, em entrevista à TV Cabo Branco, lamentando a morte de Orlando.

O velório de Orlando aconteceu no assentamento Zumbi dos Palmares, na cidade de Mari, onde ele morava, e foi acompanhado por uma multidão. O enterro aconteceu na manhã desta segunda-feira (10) .

A outra vítima, Rodrigo Celestino, tinha 38 anos, e morava no acampamento onde aconteceu os assassinatos. O velório e o enterro dele aconteceram em uma cerimônia privada, em João Pessoa, no domingo mesmo.

Sem conflitos na região

O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) divulgou uma nota explicando a situação do acampamento em Alhandra. Segundo o órgão, em menos de um ano, a equipe técnica formalizou o processo de desapropriação e seus agrônomos realizaram a análise preliminar do imóvel.

“É importante destacar que a área onde houve os assassinatos é particular e, portanto, ainda não está sob a gestão do Incra. A Ouvidoria Agrária Nacional (OAN), órgão interno dessa instituição responsável por acompanhar eventuais conflitos agrários que envolvam o processo de desapropriação de terras no Brasil, desconhece registro de conflitos fundiários em relação a esse imóvel”, disse o Incra;

O órgão disse que espera que os fatos sejam esclarecidos e os culpados identificados “O Incra reitera seu compromisso com uma reforma agrária responsável, dentro do que preconiza a constituição e as leis brasileiras, de interesse social e comprometida com o resgate da função social da terra”.

Imagem

Jhonathan Oliveira

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