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VIDA URBANA

Assistência a deficientes é precária na Paraíba

Poucas instituições de apoio que existem estão concentradas em João Pessoa e em Campina Grande.

Publicado em 22/09/2013 às 6:00 | Atualizado em 17/04/2023 às 16:07

Embora o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revele que cerca de 30% da população paraibana, que é de 3.766.528 habitantes, tem algum tipo de deficiência (visual, auditiva ou motora), a assistência oferecida a essas pessoas é precária e insuficiente. As poucas instituições de apoio que existem estão concentradas em João Pessoa e em Campina Grande e não possuem estrutura para atender à demanda que vem do interior do Estado, onde não há, sequer, esclarecimentos sobre os direitos das pessoas com deficiência.

Em João Pessoa, na Associação Paraibana de Deficientes (Aspadef), segundo o presidente Iber Oliveira, são atendidas cerca de 200 pessoas mensalmente. Desse total, pelo menos 40% dos pacientes vêm de cidades do interior, como Sapé e Guarabira. “Infelizmente não há assistência nos municípios do interior, o que empurra essas pessoas para a capital. Acaba que a instituição fica sobrecarregada, mas não podemos deixar de atendê-las”, afirmou.

Conforme informou Oliveira, a Aspadef, localizada no bairro dos Bancários, funciona exclusivamente graças a doações, mas não do poder público. Não há nenhuma ajuda ou incentivo por parte do poder público. A instituição oferece, dentre outros, o serviço de fisioterapia, voltado para pessoas com deficiência temporária ou permanente. A Aspadef recebe pessoas principalmente da própria capital e de municípios mais próximos. “Quando o interior é distante, muitas vezes não compensa a viagem”, declarou.

Pessoas com deficiência visual de todo o Estado recorrem ao Instituto dos Cegos da Paraíba, que também funciona em João Pessoa.  O presidente da instituição, José Antônio Freire, disse que por semana são atendidas cerca de 180 pessoas, das quais pelo menos 40% moram no interior do Estado. “A falta de serviços no interior acaba trazendo essas pessoas para cá. As instituições existem para suprir a omissão do poder público”, criticou. A entidade tem convênios com o governo do Estado e com a Prefeitura de João Pessoa.

De acordo com Freire, diariamente são recebidas pessoas de Sapé, Jacaraú, Pirpirituba, dentre outras cidades. Quem mora em cidades mais distantes da capital, geralmente busca atendimento em Campina Grande. “Infelizmente as instituições que existem não são suficientes para suprir a necessidade que temos”, afirmou. Segundo Freire, os pacientes do interior procuram o Instituto dos Cegos porque foram indicados por alguém.

Toda a parte de reabilitação é feita pela instituição. A alfabetização em braile é outro serviço  oferecido no local para pessoas cegas ou com baixa visão. Quem chega ao Instituto dos Cegos da Paraíba primeiro tem que passar por uma equipe multidisciplinar que vai identificar o grau de comprometimento e as atividades necessárias para a reabilitação. “Todos os dias temos pessoas do interior por aqui”, disse Freire.

Como vive de doações, a entidade tenta driblar a dificuldade financeira para continuar em funcionamento. A demanda que vem do interior sobrecarrega, mas ninguém sai do local sem atendimento. Segundo o diretor, há três anos, por pouco, o local não fechou as portas. “A situação é muito difícil. Trabalhamos no limite. As doações que recebemos já chegam com destino certo. Se por um lado recebemos dinheiro para comprar comida, por outro falta verba para comprar um equipamento necessário para os pacientes”, explicou.

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Jornal da Paraíba

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