VIDA URBANA
Assistência aos doentes
Instituto São José (ISJ) e o Hospital Padre Zé – ambos em João Pessoa – são os mais conhecidos feitos do monsenhor José da Silva Coutinho.
Publicado em 26/08/2012 às 8:00
O Instituto São José (ISJ) e o Hospital Padre Zé – ambos em João Pessoa – são os mais conhecidos feitos do monsenhor José da Silva Coutinho e têm suas histórias de promoção humana interligadas. Atualmente, sem o seu idealizador, as entidades continuam em pleno funcionamento – sendo a primeira local de profissionalização, com a oferta de cursos em diversas áreas a preços simbólicos.
Já a unidade hospitalar tem 60 leitos de internação e assiste pacientes de toda a Paraíba. Só em 2011 foram 55 mil atendimentos (entre exames, consultas e internações). Mas tudo começou há muito tempo, há 77 anos (em 19 de março 1935), quando o então cônego José da Silva Coutinho fundou o ISJ, sediado na Catedral Metropolitana de Nossa Senhora das Neves e depois transferido para Ordem Terceira do Carmo (ambos no Centro de João Pessoa) – onde até hoje funciona.
À época, mesmo sem muitos recursos e espaço, além da seção educativa a unidade também servia de hospedagem para quem vinha do interior (120 pessoas em média). O Padre Zé era conhecido por ajudar as pessoas de baixa renda e sempre repetia a seguinte frase: “Não esqueçam dos meus pobres”.
Uma das pessoas que teve a família acolhida no Instituto foi Maria das Graças, que chegou a conhecer o Padre Zé. “Ele era uma pessoa muito bondosa. Todo o meu estudo foi de graça em colégios particulares porque o Padre Zé arranjava”, comentou Maria, hoje formada em História, servidora aposentada pelo Estado e voluntária no ISJ.
Ainda com relação à história do instituto, em meados de 1964 ele foi agraciado com um terreno no Tambiá. O local deu lugar à Casa Padre Zé – encarregada de abrigar os doentes que também eram recebidos no ISJ –, no ano seguinte oficialmente transformada no Hospital Padre Zé.
“Ele deixou em testamento que a unidade seria filantrópica. Mas após o seu falecimento (em 5 de novembro de 1973) a unidade passou por muitas dificuldades financeiras, chegando a fechar as portas por duas vezes”, contou o atual diretor-administrativo da unidade, Cícero Xavier.
Segundo ele, a ajuda da população e posteriormente o convênio com a Prefeitura de João Pessoa (para atender pelo Sistema Único de Saúde) possibilitaram a reabertura e manutenção do hospital até hoje. “Nossa maior dificuldade é ainda liquidar a folha de pessoal. Temos um número mínimo de funcionários (147), não há reserva quando alguém tira férias”, completou.
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