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VIDA URBANA

Ataques a bancos caem 23,1% na Paraíba

Apesar disso, o número de ocorrências registradas este ano, nos primeiro seis meses, é igual ao total do ano de 2012.

Publicado em 02/07/2014 às 11:38

O número de ataques contra estabelecimentos bancários no Estado da Paraíba caiu de 82 para 63 nos seis primeiros meses de 2014 em relação ao mesmo período de 2013, o que representa uma redução de 23,1% dos casos. Apesar disso, o número de ocorrências registradas este ano, nos primeiro seis meses, é igual ao total do ano de 2012. A primeira ocorrência do segundo semestre de 2014 aconteceu já na madrugada de ontem, no Cariri paraibano.

De acordo com os dados do Sindicato dos Bancários do Estado da Paraíba, nestes seis primeiros meses do ano aconteceram 26 explosões, 8 assaltos, 18 arrombamentos, 5 tentativas e 6 golpes saidinha de banco. Em relação ao mesmo período do ano passado os assaltos (8), arrombamentos (18), tentativas (5) e golpes (6) reduziram, mas as explosões aumentaram 4%, pois no ano passado foram 25 casos no primeiro semestre.

Segundo o presidente do Sindicato dos Bancários do Estado da Paraíba, Marcos Henrique, apesar da redução, o numero ainda é muito alto. “Foi uma queda muito sensível, da qual ainda não podemos comemorar, pois 63 ainda é um número muito alto.

Este número poderia ser menor se os bancos começassem a investir melhor na sua própria segurança, mas vale destacar que a maior parte dos bancos atacados ficam em cidades pequenas, onde a segurança pública é mais frágil”, disse o sindicalista.

O caso de número 64 aconteceu na madrugada de ontem, na cidade de São José dos Cordeiros, no Cariri paraibano, onde uma agência do banco Bradesco foi explodida. O caso aconteceu por volta das 4h quando nove homens armados chegaram na cidade ameaçando moradores com gritos e chegaram a atirar contra a igreja da cidade. Quatro capacetes e fitas adesivas foram encontradas próximo ao lixão da cidade.

Segundo a Polícia Militar os nove homens chegaram em três motos e um carro não identificados. A ação durou menos de dez minutos e os bandidos explodiram o caixa da cidade, levando todo o dinheiro, cujo o valor não foi divulgado. O terminal havia sido abastecido no final da tarde da última segunda-feira.

De acordo com a estudante Evicleide Dantas, 18 anos, que mora em frente ao banco Bradesco, no Centro de São José dos Cordeiros, esta ação foi a mais violenta que já aconteceu na cidade. “Nas outras vezes a gente só percebia quando havia explosão. Mas desta vez eles já chegaram atirando e gritando.

Acordei apavorada. Além da explosão, o que achei mais repugnante por parte dos bandidos foi ter atirado na igreja”, disse a estudante.

Conforme a Polícia Militar, a segurança do município é feita por quatro policiais que revezam, ficando dois por dia, mas possuem o apoio da companhia da Polícia Militar de Serra Branca. O sargento José Custódio disse que os bandidos estavam fortemente armados. “Os tiros eram de espingarda calibre 12 e pistola calibre 380 milímetros. Na hora em que percebemos o ataque logo acionamos as cidades vizinhas para montar um cerco, mas não conseguimos prender ninguém”, disse.

Os bandidos fugiram por uma estrada vicinal que dá acesso à cidade de Taperoá. Próximo ao lixão de São José dos Cordeiros, na zona rural, foram encontrados quatro capacetes de moto e ainda uma bolsa plástica com fitas adesivas, quatro bananas de dinamite e algumas ferramentas.

A última vez em que o banco da cidade tinha sido atacado foi em outubro do ano passado, quando um caixa eletrônico foi explodido, mas nada foi levado.


Bradesco é mais atacado

Desde o ano passado o banco Bradesco é o que mais tem sofrido ataques no Estado da Paraíba. Das 63 ocorrências já registradas este ano, 28 foram contra este banco. Só este ano foram 20 explosões, quatro assaltos, dois arrombamentos, duas tentativas e um golpe de saidinha de banco.

No ano de 2013 o Bradesco também liderou o ranking estadual. Dos 129 ataques contabilizados no ano todo, 56 foram só contra o Bradesco. No ano de 2012 ele foi o segundo mais atacado ao sofrer 17 investidas, ficando atrás do Banco do Brasil que registrou 27 casos, naquele ano.

A reportagem do JORNAL DA PARAÍBA entrou em contato com banco Bradesco S/A para saber o posicionamento da empresa em relação aos dados e medidas preventiva. Através da assessoria de imprensa a empresa informou que não iria comentar as ocorrências envolvendo o banco. A instituição também não passou detalhes dos prejuízos causados pelos ataques no Estado.

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Jornal da Paraíba

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