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VIDA URBANA

Atendimentos a vítimas de motos crescem 50%

Número de atendimentos no Hospital de Trauma de Campina Grande saltou de 7.803 em 2011 para 11.750 no ano passado.

Publicado em 10/02/2015 às 6:00 | Atualizado em 22/02/2024 às 17:55

Em quatro anos, a quantidade de atendimentos a vítimas de acidente de trânsito envolvendo motociclistas aumentou 50,58% no Hospital de Trauma de Campina Grande, saindo de 7.803 em 2011 para 11.750 no ano passado. Apenas em janeiro de 2015, aconteceram 934 atendimentos envolvendo motos, número que supera as 826 entradas ocorridas no mesmo mês em 2014.

Em boa parte dos casos atendidos, as vítimas são homens entre 19 e 40 anos, sendo observada também uma quantidade significativa de ocorrências com homens acima de 50 anos trafegando em motocicletas por áreas rurais. Nos finais de semana, os atendimentos envolvendo motociclistas chegam a ocupar 32% dos 302 leitos, o que corresponde a uma média de 97 atendimentos durante sábado e domingo.

Para tentar reduzir esse aumento, o Hospital de Trauma realiza de hoje até sexta-feira a 5ª Campanha Pré-Carnavalesca de Combate a Acidentes de Trânsito, que tem como slogan “Aprender a andar só é natural na primeira vez”. O lançamento oficial será às 8h com abordagem educativa e distribuição de material informativo na rua Treze de Maio, no Centro.

O diretor do Hospital de Trauma de Campina Grande, Geraldo Medeiros, considera os acidentes de moto um problema de saúde pública, de solução difícil. “É uma verdadeira epidemia. A quantidade de motos circulando nas ruas aumentou assustadoramente nos últimos 10 anos em toda a Paraíba.
Muitas pessoas não capacitadas estão circulando em veículos que se tornam armas nas mãos dos maus condutores”, disse.

Geralmente a combinação ilegal entre bebida alcoólica e condução de veículos está por trás de vários acidentes, mas a imprudência dos motoristas também é observada como um fator que ocasiona muitos problemas no trânsito e lesões aos envolvidos. Em certos casos, os pacientes que já sofreram lesões anteriores voltam a ser atendidos pelo Hospital de Trauma, e muitos dos acidentados que saíram da unidade dizendo que teriam mais atenção sobre duas ou quatro rodas acabam dando entrada novamente no hospital.

O médico cirurgião buco maxilofacial Alfredo Lucas Neto lembra que em alguns casos, a distância da ocorrência do acidente para o Hospital de Trauma pode fazer com que as vítimas tenham problemas no futuro, ficando com sequelas mesmo após a recuperação e cicatrização. Ele afirma que recebe casos em que um acompanhamento das lesões é necessário para que possam ser sanadas e o paciente restabeleça suas atividades. O Hospital de Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes hoje é referência para 203 municípios, e ainda recebe pessoas que vêm do Rio Grande do Norte e Pernambuco. São realizados cerca de 300 atendimentos por dia.

DESATENÇÃO
Um instante de menos atenção pode ser o suficiente para causar um acidente no trânsito e na zona rural, quando nem sempre os condutores lembram de usar equipamentos de segurança. O agricultor José Adeilton Guilherme Neto, 23 anos, foi vítima no último final de semana de um acidente que o deixou com escoriações, enquanto ele trafegava na zona rural de Livramento, no Cariri da Paraíba. “Eu estava me deslocando normalmente entre dois sítios próximos, atrás de uma cabeça de gado, quando acabei sobrando em uma curva. Admito que na pressa acabei saindo sem capacete”, conta José Adeilton.

APREENSÕES
O Comando da 3ª Companhia de Policiamento de Trânsito (CPTran) apreendeu no ano passado 1.731 veículos de duas rodas (incluindo motocicletas, veículos ciclomotores e motonetas). Nas fiscalizações, cujo efetivo é variável para cada operação, são utilizados carros, motos, caminhões reboque e também equipamentos para conferir, por exemplo, se os condutores estão alcoolizados, como os etilômetros.

NÚMEROS DE ATENDIMENTOS
2011 7.803
2012 9.895
2013 9.978
2014 11.750
2015 934 (janeiro)
Fonte: Hospital de Trauma

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Jornal da Paraíba

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