VIDA URBANA
Atirador mata 49 pessoas e fere 53 em boate gay de Orlando
O homem ainda fez reféns, mas foi morto durante uma troca de tiros com a polícia nos Estados Unidos . A boate Pulse é voltada para o público LGBT.
Publicado em 13/06/2016 às 9:11
A polícia de Orlando, nos Estados Unidos, informou que 50 pessoas foram mortas e pelo menos 53 ficaram feridas por um atirador na boate Pulse no início da madrugada deste domingo (12). Dos mortos, 49 foram vítimas e uma foi o atirador Omar Mateen, de 29 anos. O homem ainda fez reféns, mas foi morto durante uma troca de tiros com a polícia. A boate é voltada para o público LGBT.
Um policial chegou a ser atingido no capacete, segundo informações divulgadas no Twitter da polícia de Orlando. Os feridos foram levados para os hospitais da cidade. A cidade comemorava o Mês do Orgulho Gay e a boate promovia uma festa com tema latino na noite do crime.
O número de mortos torna o ataque o pior massacre a tiros da história dos Estados Unidos. O último caso com proporções comparáveis ocorreu em 2007, na Universidade Virgínia Tech, que deixou 32 mortos. O ataque reacendeu o debate sobre a legalidade do porte de armas nos Estados Unidos.
"Escolher deliberadamente não agir também é uma decisão", afirmou o presidente Barack Obama, se referindo à inércia do país em resolver a questão após constantes massacres com armas nos últimos anos. Em dois dias, este é já o segundo caso de tiroteio em Orlando. Na sexta-feira (10) um homem matou a tiros a cantora Cristina Grimmie após um show.
Em seu discurso, o presidente americano classificou o ataque como "um ato de terror e ódio". "Este é um dia especialmente doloroso para os nossos amigos que são gays, lésbicas, bissexuais ou transgêneros", completou.
Através de uma rede social, a presidente afastada Dilma Rousseff e o presidente interino Michel Temer se manifestaram sobre o massacre. "Estamos vivendo momentos terríveis, tempos de preconceito e intolerância que ceifam vidas humanas. Vamos juntos lutar contra esta barbárie", afirmou Dilma. Já Michel Temer declarou que "lamenta enormemente a tragédia que vitimou dezenas de norte-americanos". O Itamaraty informou que não há brasileiros entre os mortos e feridos.
Também nas redes sociais, internautas utilizaram a hashtag #PrayForOrlando para prestar homenagens às vítimas.
Atirador teria 'inclinação' ao radicalismo e demonstrava comportamentos homofóbicos
Segundo o FBI, órgão federal de investigação americano, o homem aparentemente "tinha inclinação" ao fundamentalismo islâmico radical, mas ainda não está claro se ele era associado a algum grupo terrorista. O Estado Islâmico declarou, após o ataque, que Mateen era "combatente" do grupo, mas não informou se ação fora planejada ou executada individualmente. A polícia americana diz não enxergar alguma relação do assassino com o grupo.
Em entrevista à rede americana NBC, entretanto, o pai do atirador afirmou que o ataque "não tinha nada a ver com religião", afirmando que Mateen tinha ficado "muito bravo" recentemente ao ver dois homens se beijando no centro da cidade de Miami.
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