VIDA URBANA
Atitude preocupa especialistas
Poços devem ficar distantes de fontes poluidoras e água deve passar por processo de desinfecção antes do consumo, como fervura ou filtragem.
Publicado em 06/09/2012 às 6:00
A atitude dos moradores é motivo de preocupação para especialistas. O engenheiro químico e gerente do Controle de Qualidade da Cagepa, Antonio Batista Guedes, explica que a água retirada de poços não representa risco para a saúde, desde que não estejam próximos a fontes poluidoras, como fossas e esgotos.
“Toda água que não é tratada representa algum risco para as pessoas, mas isso depende do manancial. Se estiver perto de esgoto, o risco de contrair uma doença é maior. Água de poço que fica perto de fossa não deve ser consumida, porque pode estar poluída e contaminada. O correto é que todo mundo consuma a água tratada ou realize algum tipo de desinfecção da água em casa”, alerta Batista.
O especialista acrescenta que a água passa, pelo menos, por três fases de tratamento na Cagepa, antes de chegar ao consumidor. “Em João Pessoa, temos duas estações de tratamento que fazem a clarificação, filtração e desinfecção da água. Nestas etapas, são utilizados produtos químicos, como sulfato de alumínio e cloro, que limpam, clarificam e eliminam os microorganismos”, detalha.
Através da assessoria de imprensa, a Cagepa informou que o tratamento de água também é feito por prefeituras de alguns municípios paraibanos.
No entanto, segundo o presidente da Federação dos Municípios da Paraíba (Famup), Rubens (Buba) Germano, a municipalização do serviço só ocorreu em Sousa, que fica a 429 quilômetros de João Pessoa.
Nas demais cidades, o fornecimento do serviço é competência da Cagepa. “A maioria dos municípios que não tem água encanada vive na zona rural e é abastecida por carros pipas”, disse o presidente.
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