VIDA URBANA
Atraso no repasse de recursos da PMCG para a FAP soma R$ 2,5 mi
Atraso no repasse, vem prejudicando o atendimento aos pacientes do hospital e comprometendo serviços.
Publicado em 03/01/2013 às 6:00
O atraso no repasse de recursos da Secretaria de Saúde da Prefeitura Municipal de Campina Grande (PMCG) para a Fundação Assistencial da Paraíba (FAP), entre os meses de setembro até dezembro, atingiu a marca de mais de R$ 2,5 milhões que deixaram de ser pagos ao hospital. Esses valores, segundo confirmou a direção da unidade de saúde, são referentes aos procedimentos autorizados pela pasta municipal e que já tiveram suas notas faturadas, o que tem contribuído para o comprometimento do serviço em diversos setores do hospital.
Dentre as áreas que mais sofrem com o atraso do repasse dos serviços, estão a da Radioterapia e Quimioterapia, que correspondem a 50% do total da verba, que mesmo com os atendimentos autorizados deixaram de ser pagas pela prefeitura.
Quem confirmou a situação de emergência que passa a FAP foi Diego Gadelha, gerente administrativo do hospital, indicando que a direção da FAP contém documentos do Ministério da Saúde confirmando o repasse dos recursos para a secretaria.
“Nós temos a confirmação que o repasse do Ministério da Saúde para a Secretaria está regular, contudo, a dívida com o hospital é de R$ 2.535.843,93. Por conta dessa dívida nós estamos com problemas para pagar os fornecedores de medicamentos, manutenção de equipamentos, além do tratamento diário de nossos pacientes. Se esse valor fosse pago, nós teríamos condições de comprar um acelerador linear usado na radioterapia, eliminando a lista de espera de pessoas que estão lutando para viver”, disse o diretor.
Se a dívida é considerada alta pela direção da FAP, esse montante ainda pode ser maior. Caso forem somados os repasses em atraso aos não pagamentos dos atendimentos, medicamentos e materiais relacionados às glosas hospitalares, que também são autorizados pela Secretaria de Saúde entre os anos de 2010 e 2012, a conta do débito será acrescida em mais R$ 1,5 milhão.
“Todos os atendimentos só são realizados se a secretaria autorizar. Por isso há contas que deveriam ser pagas desde 2010, que são as glosas hospitalares. Se somarmos todo o débito, deixaram de ser repassados para o hospital um valor superior a R$ 4 milhões”, acrescentou Diego.
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