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VIDA URBANA

Aulas em escolas municipais de CG devem ir até 2014

Dos 2.800 professores, cerca de 70% aderiram às paralisações, atrasando o calendário escolar, que continua em aberto.

Publicado em 17/10/2013 às 6:00 | Atualizado em 18/04/2023 às 17:18

Mais de um mês sem aulas e os alunos da rede municipal de ensino de Campina Grande poderão não ter suas horas de estudo completamente repostas ainda em 2013 e o período letivo deve ser concluído, em algumas escolas, somente no ano que vem. Este ano, já foram realizadas duas greves. Dos 2.800 professores, cerca de 70% aderiram às paralisações, atrasando o calendário escolar, que continua em aberto, sem que haja uma negociação entre os servidores públicos e a prefeitura.

De acordo com a secretária-geral do Sindicato dos Trabalhadores Públicos Municipais do Agreste da Borborema (Sintab), Mônica dos Santos, mais uma assembleia será marcada para discutir a situação, uma vez que os professores, segundo ela, ainda não decidiram pela reposição das aulas e aguardam uma definição por parte do Executivo Municipal que seja favorável às suas reivindicações. “A direção do Sintab irá se reunir mais uma vez na próxima segunda-feira, para decidir sobre uma nova assembleia da categoria, quando vamos tratar sobre a reposição das aulas, se será ou não realizada”, explicou.

Segundo a secretária municipal de Educação, Verônica Bezerra, não há o que discutir sobre o cumprimento dos 200 dias letivos, uma vez que é uma questão de lei e eles serão garantidos. Ela explicou que uma equipe técnica está visitando cada escola que paralisou suas atividades para avaliar como a reposição será feita em cada unidade educacional. “Cada escola tem sua particularidade e o calendário de reposições está sendo estabelecido em conjunto entre professores, escola e gestão municipal. Foram volumes diferentes de adesão à greve”, disse, informando que há escolas que terão seu ano letivo estendido, mas ainda não é possível afirmar se alguma vai entrar com as aulas de 2013 pelo ano de 2014.

As estudantes Yasmin Marques, de 10 anos, e Steffany Alves, 13 anos, que cursam o 5º ano do ensino fundamental na Escola Félix Araújo, no bairro do Catolé, contam que estão prejudicadas com a greve e com medo de perder assuntos importantes, devido ao atraso provocado pelas paralisações. “Achei difícil depois que voltei às aulas porque agora os assuntos estão mais corridos para ver se dá tempo terminar. A gente tem que estudar direito, para aprender. Estudar é como um alimento para a gente”, disse Yasmin.

Para Steffany, as greves podem ter atrapalhado o andamento normal do calendário escolar. “E se essas aulas não forem repostas mesmo? Ou a gente vai ficar sem estudar todo o assunto ou correr contra o tempo”, lamentou. Ao todo, as duas alunas e seus colegas ficaram 43 dias sem aulas. A primeira greve iniciada em abril deste ano se estendeu por 28 dias. Já a segunda, que começou no dia 2 de setembro, permaneceu por 15 dias, até ser finalizada através de uma determinação da Justiça Estadual. Para o gazeteiro Valdir Pereira, não pode ser tirada a razão dos professores, mas é essencial que a negociação entre os docentes e prefeitura seja feita o mais rápido possível.

“Eu tenho um filho de 14 anos que está cursando o 9º ano e ele já é um adolescente que começa a se preocupar com o vestibular. Eu tenho receio que os dias que ele ficou sem aula possam atrasar o seu aprendizado”, lamentou. O estudante está finalizando o Ensino Fundamental na Escola Manoel da Costa Cirne, no bairro do Pedregal.

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Jornal da Paraíba

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