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VIDA URBANA

Aumenta número de queixas de agressão a mulheres

A média de queixas de casos de agressão apresentadas subiu de 20 por semana no ano passado para 35 este ano.

Publicado em 08/08/2014 às 6:00 | Atualizado em 05/03/2024 às 14:15

Após reduzir o número de homicídios contra mulheres que sofreram casos de violência nos últimos 3 anos, Campina Grande ainda continua registrando um crescimento no número de agressões sofridas por pessoas desse gênero. Enquanto que em 2012 foram confirmadas onze mortes, no ano passado apenas um homicídio foi apontado através de ações de violência doméstica e este ano ainda não tem nenhum crime desse tipo confirmado. Em compensação, a média de queixas de casos de agressão apresentadas subiu de 20 por semana no ano passado para 35 este ano.

Dados foram apresentados pela coordenadora de Políticas Públicas das Mulheres de Campina Grande, Marli Castelo Branco, que durante as comemorações dos 8 anos da atuação da Lei Maria da Penha, realizadas na manhã de ontem, na Praça da Bandeira, explicou que o enfrentamento da violência doméstica tem sido mais intenso e refletido no número de violência no município. “O que precisamos comemorar é que o número de mortes tem caído. Os registros que temos de mulheres assassinadas são as ligadas ao tráfico de drogas, e não vítimas de violência doméstica”, explicou.

Ela ainda apontou que a média de denúncias registradas pelo Centro de Referência Professora Luíza Leite, que atende os casos de violência doméstica em Campina Grande, aumentou no último ano devido à conscientização das vítimas em buscar ajuda em instituições especializadas. Ela destacou que a tendência é que a quantidade de denúncias atinja níveis considerados altos, mas que dentro de 10 anos possa haver uma redução considerável. “Nossos números estão dentro da média de cidades que apresentam níveis altos de violências.

Quando conseguirmos conscientizar as pessoas dentro de uma década pelo menos, iremos atingir números mais satisfatórios”, disse Marli Castelo Branco.

Ao longo das celebrações em alusão à Lei Maria da Penha, cerca de 200 usuárias receberam atendimento médico, como teste de glicemia, hepatite do tipo C, HIV, aferição de pressão arterial, corte de cabelo, além de orientar sobre os trabalhos direcionados à mulher e promover ações direcionadas ao bem-estar feminino e outros serviços.

A dona de casa Isilda Morais Souto, 54 anos, foi uma das usuárias e valorizou o trabalho de combate à violência doméstica. “A sociedade tem que dar um basta nisso.

Precisamos denunciar e colocar os agressores na cadeia”, sugeriu.

Atualmente o Centro de Referência conta com o serviço de uma casa abrigo para mulheres que estão em situação de risco.

A coordenadora de Políticas Públicas apontou que estão recebendo auxílio no local duas mães, sendo uma com três e outra com dois filhos. Marli Castelo Branco apontou que o trabalho integrado de psicologia, assistência social e atendimento em saúde, está acompanhando 12 mulheres que foram vítimas de violência doméstica. “Essas mulheres encontram assistência psicológica, social, saúde e jurídica.

Esse trabalho integrado é o que tem apresentado bons resultados”, acrescentou Marli Castelo Branco.

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Jornal da Paraíba

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