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VIDA URBANA

Avenida 'Beira-Rio' vai perder mais de 30 árvores

Estudo para o corte de 35 árvores, das 526 existentes ao longo do canteiro central e acostamento da avenida, já está concluído.

Publicado em 16/07/2014 às 10:06 | Atualizado em 06/02/2024 às 16:57

Trinta e cinco árvores existentes ao longo da avenida Ministro José Américo de Almeida, conhecida popularmente como 'Beira-Rio', em João Pessoa, serão cortadas durante a execução do projeto de mobilidade urbana planejado para a via. A informação foi repassada ontem pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Semam) e é alvo de críticas por biólogos e arquitetos da capital.

De acordo com o engenheiro agrônomo e diretor da Divisão de Arborização da Semam, Anderson Fontes, o estudo para o corte de 35 árvores, das 526 existentes ao longo do canteiro central e acostamento da avenida, já está concluído. Segundo ele, as espécies que serão retiradas estão plantadas no trecho entre a Granja Santana e o girador que liga os bairros do Cabo Branco e Altiplano. Conforme o projeto elaborado pela Superintendência de Mobilidade Urbana do Município (Semob), a retirada da vegetação será necessária para a construção de uma alça de acesso no local.

Anderson Fontes adiantou ainda que será feita uma compensação ambiental em virtude da ação. Segundo ele, para cada árvore retirada outras três serão plantadas em locais próximos à avenida, como a rua da Mata, que une a 'Beira-Rio' com a avenida Epitácio Pessoa. No entanto, essa prática divide a opinião de entidades ambientais e profissionais da área de urbanismo.

A diretoria do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) na Paraíba divulgou, no último dia 11, uma nota técnica questionando esse projeto de mobilidade urbana apresentado pela prefeitura da capital. A entidade se posicionou contrária à retirada das árvores e cobrou a apresentação de um Estudo de Impactos Ambientais na área. Segundo o IAB, “a obra está inserida em Área de Preservação Permanente e a intervenção afeta o canteiro central, onde há uma quantidade relevante de árvores adultas que contribuem com o conforto ambiental”.

O documento divulgado pela entidade lembra ainda a importância de preservação dos espaços públicos e de lazer no trecho da Beira Rio por onde passa o rio Jaguaribe. Conforme o posicionamento do IAB, “qualquer intervenção nas margens do Rio Jaguaribe deveria fazer parte de um projeto de requalificação de toda a sua bacia hidrográfica”.

Para o professor de Biologia da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) e diretor da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana na Paraíba, Arnaldo Bezerra, a compensação proposta pela Semam não é viável e o efeito só será sentido pela sociedade a longo prazo.

“A retirada de uma árvore e compensação com o plantio de outras nunca compensa, porque se vai retirar uma árvore adulta, até centenária, e a que será plantada vai demorar de 30 a 40 anos para apresentar os mesmos benefícios”, lamentou.

O docente considerou ainda que a retirada das árvores será um prejuízo ambiental e também cultural para a cidade.

O QUE DIZ A POPULAÇÃO

Entre as espécies de árvores que serão retiradas pela Semam estão Ipês, Caraibeiras, Flamboyants e Castanholas. Os benefícios proporcionados pela vegetação à população que mora próximo à Beira Rio ou que costuma passar pelo local são muitos e a remoção das árvores foi motivo de queixa. “Somos todos contra esse ato, pois além de tudo vai tirar do local a purificação do ar que torna a temperatura mais agradável”, disse a comerciante Rosenilda Alves.

O porteiro Carlos de Sousa também reforça a insatisfação dos moradores, principalmente os que estão há décadas na região, quanto à interferência na arborização da via.

“Os moradores estão dispostos a brigar até o final para que isso não venha a acontecer. Sempre que o assunto surge aqui no prédio as discussões são muito acaloradas”.

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Jornal da Paraíba

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