VIDA URBANA
Avião que caiu com Gabriel Diniz fazia táxi aéreo ilegal, conclui Anac
Aeroclube de Alagoas foi autuado, mas não se manifestou sobre o caso; Acidente completa um ano neste mês.
Publicado em 15/05/2020 às 19:15 | Atualizado em 16/05/2020 às 14:57
Quase um ano depois de iniciar investigação sobre irregularidades na operação da aeronave que caiu com o cantor Gabriel Diniz e dois pilotos alagoanos em Sergipe, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) concluiu que o táxi aéreo era ilegal e autuou o Aeroclube de Alagoas, proprietário da aeronave. As informações foram divulgadas pelo portal G1 nesta sexta-feira (15).
Por meio de nota ao G1, a Anac informou que a aeronave de matrícula PT-KLO, de propriedade do Aeroclube de Alagoas, estava registrada na categoria “instrução” e não poderia prestar serviço fora da sua finalidade, incluindo o transporte remunerado de pessoas (leia na íntegra ao final do texto). De acordo com o G1, o Aeroclube de Alagoas não se pronunciou.
O cantor Gabriel Diniz, que era radicado na Paraíba e conhecido pelo hit "Jenifer", e os pilotos do aeroclube Linaldo Xavier e Abraão Farias morreram na queda do avião de pequeno porte no povoado Porto do Mato, em Estância (SE), no dia 27 de maio de 2019.
Depois do acidente, a ANAC suspendeu o aeroclube e as aeronaves cautelarmente, mas a suspensão foi revogada em agosto do mesmo ano.
A agência informou ainda que o processo administrativo para constatar o Transporte Aéreo Clandestino (TACA) e outras irregularidades foi concluído, que emitiu 5 autos de infração e encaminhou as informações à Polícia Federal.
Leia a íntegra da nota da Anac:
A aeronave de matrícula PT-KLO, acidentada em Sergipe (AL), em 27 de maio de 2019, era de propriedade do Aeroclube de Alagoas, estava registrada na categoria “Instrução” e não poderia prestar serviço fora da sua finalidade, incluindo o transporte remunerado de pessoas. Após o acidente, a ANAC suspendeu o aeroclube e as respectivas aeronaves cautelarmente. Acesse aqui o posicionamento divulgado à época:
Conforme o resultado do processo administrativo para constatar o Transporte Aéreo Clandestino (TACA) e outras irregularidades, foram emitidos cinco autos de infração ao aeroclube, que estão em processo de julgamento. A Agência também emitiu ofício à Polícia Federal de Alagoas informando o resultado das apurações feitas pela ANAC.
Investigações
As investigações sobre as causas do acidente são conduzidas pelo Segundo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA II), de Pernambuco (PE), órgão regional do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), do Comando da Aeronáutica.
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