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VIDA URBANA

Bairros nobres têm mais árvores

Quantidade de área arborizada entre as localidades urbanas e renda das famílias foi comprovada em levantamento feito pelo IBGE.

Publicado em 08/07/2012 às 15:00

A importância da preservação do meio ambiente está sendo discutida em todo o mundo. Muitos países estão começando a reavaliar suas ações, que acabam culminando com a destruição da natureza. Um dos principais problemas ainda enfrentados pelas grandes cidades é o seu crescimento desordenado, o que acaba provocando uma disparidade de árvores entre bairros periféricos e outros mais nobres. Essa relação entre a quantidade de “verde” e a renda das famílias brasileiras foi comprovada através de um estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na Paraíba, grandes cidades como João Pessoa e Campina Grande apresentam uma diferença entre a renda per capita e a arborização. O levantamento apresentado pelo IBGE foi realizado em 2010 e relaciona a classe de rendimento nominal domiciliar per capita com várias características do entorno e municípios. O estudo explica que, em João Pessoa, enquanto a população com até meio salário mínimo tem em seu entorno 11.960 árvores, a população que tem uma renda com mais de dois salários mínimos possui mais do que o dobro de árvores, passando para 33.238.

Em Campina Grande, o mesmo acontece. A população com até meio salário mínimo tem ao seu redor 9.562 árvores, e a com renda de mais de dois salários tem esse número aumenta para 15.701. Em bairros como o Jeremias e Catolé, em Campina Grande, a diferença é perceptível. Enquanto no Jeremias prevalece a aridez do local, no Catolé a maioria das residências possuem pelo menos uma árvore. Segundo a bióloga da Coordenação do Meio Ambiente de Campina Grande, Patrícia Alves, a cidade possui um déficit de 650 mil árvores e é principalmente na Zona Oeste do município onde se observa isso.

“Em bairros como Malvinas e Rocha Cavalcanti existe um grande déficit arbóreo, com muita aridez naquele ambiente”, explicou.

O crescimento desordenado e acelerado da população também provoca o desmatamento de parte da cidade para a construção de imóveis, mas, em bairros mais nobres, uma das preocupações na hora de construir os condomínios ou residências é com as áreas verdes. Conforme o ambientalista e biólogo Tony Lopes, o que se observa é uma falta de sensibilização de uma grande parte da população que não se dá conta da importância das árvores para uma boa qualidade de vida. “Boa parcela da população, principalmente a mais carente, tem sim essa dificuldade para a realização de ações como o plantio, mas qualquer espaço, por mais curto que seja, se for feito de forma correta, o cenário pode ser modificado. O que faltam são políticas públicas, principalmente aquelas que conscientizem a população sobre a importância da preservação ambiental”, explicou.

Ele informou que, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), seria necessário uma quantidade de duas árvores por pessoa para garantir qualidade de vida. “Campina Grande só possui 0,08 árvores, por pessoa”, disse o biólogo.

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Jornal da Paraíba

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