VIDA URBANA
Bancários da Caixa e BNB decidem manter paralisação
Ainda não foi firmado um acordo entre os servidores das duas instituições financeiras e a direção nacional dos bancos. Greve já dura 19 dias em todo o estado.
Publicado em 15/10/2009 às 8:13
Bartolomeu Honorato e Rebeca Casemiro
Do Jornal da Paraíba
Os bancários do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e Caixa Econômica Federal (CEF) decidiram manter a greve por tempo indeterminado na Paraíba. A assembleia aconteceu, na noite da quarta-feira (14), em João Pessoa.
A assessoria de imprensa do Sindicato dos Bancários informou que ainda não foi firmado um acordo entre os servidores das duas instituições financeiras e a direção nacional do BNB e CEF. A paralisação dos serviços bancários no Banco do Nordeste e Caixa já dura 19 dias nas agências da Capital e interior paraibano.
A assessoria de imprensa disse que a contraproposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) não contemplou reivindicações dos trabalhadores do BNB e CEF, a exemplo da concessão de licença prêmio aos servidores do Banco do Nordeste e Caixa Econômica Federal.
Outra cobrança é Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de forma mais justa. O cálculo do PLR corresponde a 80% do salários dos funcionários. A categoria quer aumentar para três salários a Participação nos Lucros e Resultados. Os bancários da CEF e BNB pedem reajuste salarial de 10% em cima do piso de R$ 1.100.
A proposta da Fenaban estipula reajuste de 6% sobre os salários dos servidores. O mesmo percentual será aplicado sobre o valor dos benefícios, como vale refeição, vale alimentação e auxílio creche. Já a regra básica da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) será de 90% do salário reajustado e acrescido do valor fixo de R$ 1.024 podendo atingir 2,2 salários (R$ 14.696). O cálculo do PLR também leva em consideração o adicional de 2%.
Em Campina Grande
Em assembleia realizada na noite da quarta-feira (14), os bancários da Caixa Econômica Federal decidiram rejeitar a proposta oferecida pelo banco e continuar com o movimento grevista em todas as agências de Campina Grande e mais 17 cidades do Compartimento da Borborema. A categoria avaliou que a contraproposta apresentada ainda não atende às necessidades dos funcionários.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Bancários de Campina Grande e região, Rostand Lucena, houve apenas um pequeno avanço na nova proposta oferecida pela Caixa, mas ainda está além do que os bancários exigem. “O único avanço foi que eles melhoraram o item de participação nos lucros e resultados, mas ainda não é o ideal e os bancários decidiram continuar com o movimento”.
Segundo Rostand Lucena, a principal reivindicação dos funcionários da Caixa é a contratação de novos bancários, o que não foi sequer discutido pelos banqueiros. “A Caixa é um dos bancos de maior demanda, especialmente no que diz respeito aos programas sociais do governo, e para prestar um bom serviço, precisamos de mais profissionais e isso não foi levado em consideração”, relatou.
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