Bancários e auditores fiscais decidem paralisar atividades

De forma quase unânime, os bancários da Paraíba decidiram, ontem à noite, paralisar as atividades por tempo indeterminado. A medida foi tomada durante assembleias-gerais extraordinárias da categoria, realizadas em João Pessoa e Campina Grande, simultaneamente. A greve tem início a partir da próxima terça-feira.

Fecharão as portas agências de todo o Estado. São cerca de quatro mil trabalhadores em atividade na Paraíba.

Com a paralisação, praticamente todos os serviços bancários ficarão indisponíveis por tempo indeterminado, com exceção de compensações e do pagamento de aposentados e servidores públicos. “Em respeito à sociedade sempre que deflagramos os nossos movimentos grevistas deixamos alguns serviços funcionando”, observou o presidente do sindicato da categoria na região de Campina Grande, Rostand Lucena.

De acordo com o sindicato, a categoria continua apostando na negociação e aguarda uma proposta que atenda às reivindicações.

Uma nova rodada de discussões está agendada para hoje, entre representantes dos trabalhadores e dos bancos em âmbito nacional. A categoria pede um reajuste de 12,8% nos salários.
O tema da Campanha Nacional dos Bancários 2011 deste ano é "Queremos emprego decente”, já que os bancários reivindicam melhores condições de trabalho, como plano de cargos e salários, fim das metas abusivas, combate ao assédio moral, fim da terceirização e mais contratações. A proposta apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) é de um reajuste salarial de 7,8%. Pela proposta, o piso salarial para bancários que exercem a função de caixa passará para R$ 1.842,36 para jornadas de seis horas.

SINDIFISCO
Após três horas de assembléia, os auditores fiscais do Estado decidiram, por unanimidade, entrar em greve, por tempo indeterminado, a partir do dia 5 de outubro. A reunião aconteceu, ontem à noite, na sede do Sindicato dos Integrantes do Grupo Ocupacional Servidores Fiscais Tributários do Estado da Paraíba (Sindifisco), em João Pessoa.

O movimento grevista deverá provocar a suspensão do trabalho de Coletorias, Recebedorias, Postos Fiscais e Gerências Regionais da Receita Estadual, segundo informações do presidente do Sindifisco, Victor Hugo. Atualmente, o Estado conta com 800 auditores fiscais na ativa, espalhados pelos municípios do Estado.

(Com informações de Luzia Joana)