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VIDA URBANA

Bancários em greve

Greve terá início na próxima terça-feira (18); decisão foi tomada durante assembleia da categoria em João Pessoa e Campina Grande.

Publicado em 13/09/2012 às 6:00


Acompanhando uma tendência nacional, os bancários da Paraíba decidiram ontem à noite cruzar os braços e deflagrar greve por tempo indeterminado a partir da próxima terça-feira. A decisão foi tomada em assembleias gerais da categoria realizadas pelo Sindicato dos Bancários da Paraíba, em João Pessoa, e pelo Sindicato dos Bancários de Campina Grande e região da Borborema. Durante a paralisação, o atendimento nos estabelecimentos bancários só será feito em caixas eletrônicos.

Na assembleia da capital, cerca de 300 bancários da base do Sindicato dos Bancários da Paraíba rejeitaram o reajuste de 6% sobre todas as verbas salariais, proposto pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), e deflagraram a greve por tempo indeterminado, a partir da zero hora da terça-feira. Nova assembleia será realizada no dia 17 para organizar a paralisação.

Em Campina Grande, quase 100 bancários se reuniram na sede do sindicato da categoria, no Centro da cidade. Entre as reivindicações dos bancários estão um reajuste salarial de 10,25%, que corresponderia à reposição da inflação mais 5% de ganho real; uma melhor participação nos lucros das instituições bancárias; e a valorização do piso da categoria, que atualmente é de R$ 1.400,00 e passaria a ser de R$ 2.461,00.

“Os serviços realizados nos caixas eletrônicos deverão ser mantidos pelos bancos, o movimento grevista não tem nenhuma interferência nisso. Se algum banco não reabastecer, a responsabilidade é da instituição. Somente na região de Campina, nossa área de cobertura, são 22 agências”, explicou o vice-presidente do sindicato da categoria na região da Borborema, Esdras Luciano.

A decisão de parar as atividades a partir do dia 18 foi tomada depois que os representantes dos bancos teriam frustrado as expectativas da categoria e não apresentaram nenhuma nova proposta na última rodada de negociação, realizada com o Comando Nacional dos Bancários no dia 4 de setembro, em São Paulo.

A Federação dos Bancos, contudo, afirma que já apresentou uma proposta de reajuste salarial de 6% desde o mês de agosto deste ano, mas os bancários consideraram insuficiente.

Os reflexos do movimento, porém, não agradaram a quem precisa todos os dias dos serviços bancários. “Para quem tem de resolver as coisas nos bancos é muito ruim. Fica impedido de fazer muita coisa. Agora a única coisa a se fazer é tentar resolver tudo antes de começar a greve”, comentou o microempresário Alessandro Dias. (Colaborou João Paulo Medeiros)

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Jornal da Paraíba

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