VIDA URBANA
Bancários se revoltam com cordão de isolamento contratado pela Caixa
Grevistas se revoltam no primeiro dia de paralisação com seguranças nas agências da Caixa Econômica. Sindicato explica como vai funcionar o atendimento.
Publicado em 24/09/2009 às 9:29
Karoline Zilah
Mal começou a greve dos bancários e já surgiram os primeiros desentendimentos entre as empresas e os trabalhadores.
Representando 450 funcionários, o presidente do Sindicato dos Bancários da Paraíba, Marcos Henriques, deflagrou a greve por tempo indeterminado na Paraíba na noite da quarta-feira (23), valendo a partir da zero hora desta quinta-feira (24).
Ele já denunciou que, cedo da manhã, a Caixa Econômica Federal posicionou grupos de segurança privada na frente de pelo menos duas agências em João Pessoa. Ele acusa o banco de reprimir, por meio de vigilância, o direito dos grevistas de promover piquetes.
Seguranças de uma empresa particular estão desde as 6h nas agências Cabo Branco, localizada no Centro, e Epitácio Pessoa, no Bairro dos Estados. “O direito de greve é livre. A Caixa nos surpreendeu ao colocar seguranças para lesar o movimento grevista e reprimir os piquetes”, declarou Marcos Henriques.
A assessoria de imprensa da Caixa Econômica defende que o "cordão de isolamento" serve apenas para fazer a proteção patrimonial das agências. De acordo com Tupaceretan Matheus, muitos vândalos que não têm a ver com os bancários aproveitam o movimento grevista para pichar e quebrar vidros dos estabelecimentos.
O assessor ainda esclareceu que em nenhum momento os vigilantes deverão entrar em conflito com os grevistas e que a finalidade do cordão de isolamente não é conter os piquetes. "Esse é um procedimento adotado com frequência em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Brasília, por exemplo, mas que está sendo praticado pela primeira vez aqui na Paraíba", explicou.
O presidente do sindicato falou que a categoria já está providenciando documentos para entrar com uma representação no Ministério Público. “Estamos tomando atitudes jurídicas para defender os bancários em greve”, comentou Marcos.
Comentários