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VIDA URBANA

Bancos de leite só atendem 80% dos bebês prematuros na Paraíba

Sem doações suficientes, a rede de bancos de leite só consegue atender as necessidades de 80% dos prematuros.

Publicado em 04/08/2015 às 6:00

A vontade da dona de casa Adriana Soares, moradora do bairro do Alto Branco, em Campina Grande, de doar o leite em excesso que possui ainda não atingiu uma quantidade de mães paraibanas suficiente para atender a necessidade de alimentar bebês nascidos prematuros e de baixo peso. Segundo o Centro Estadual de Referência para Bancos de Leite Humano Anita Cabral, são coletados mensalmente no Estado 800 litros, mas a demanda atual é o dobro.

Mesmo com o esforço das 400 mulheres que realizam doações nos seis bancos de leite e 19 pontos de coleta espalhados pela Paraíba, a quantidade de doadoras é insuficiente. A principal dificuldade para o crescimento das doações é a desinformação de muitas mulheres que ainda unem doação ao risco da falta de leite para seus bebês. “Isto é um mito. Quanto mais as mulheres doam, mas estimulam a produção”, garante a Thaíse Ribeiro, diretora do Centro Estadual de Referência.

Sem doações suficientes, a rede de bancos de leite só consegue atender as necessidades de 80% dos prematuros e dos bebês acima de 37 semanas que nascem nas maternidades públicas e privadas do Estado. Um exemplo é registrado em Campina Grande, onde o Banco de Leite do Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (Isea) coleta mensalmente entre 100 e 120 litros, mas necessitaria aumentar a coleta em 25% para atender a toda demanda dos 57 crianças hoje atendidas.

O Banco de Leite do Isea, segundo a coordenadora, Elana Tavares, desde de maio tem recorrido ao Centro Estadual de Referência, quando os estoques estão perto de acabar. “As doações caem nos meses de férias escolares, nos períodos de festividades e no inverno e desde de maio enfrentamos dificuldades”, explica.

SALAS DE APOIO
Para enfrentar as dificuldades de aumentar as doações e a coleta de leite, a solução tem sido a implantação de salas de apoio à amamentação. Em 2014, a meta foi atingida com cinco equipamentos. Este ano a meta é a implementação das Salas de Apoio nos Hospitais do Isea, Hospital Geral de Mamanguape e no Instituto Hospitalar Edson Ramalho.

Mesmo com a coleta ainda insuficiente para atender a todos os bebês que necessitam, a Paraíba tem registrado um crescimento na atividade. Em 2010, foram coletados 4,7 mil litros e, em 2014, aumentou para 7 mil litros, além do número de crianças beneficiadas que aumentou de 5 mil para 11 mil. Ainda teve um acréscimo na quantidade de doadoras, de 4,5 mil para 6,5 mil.

Esse crescimento também foi registrado no Banco de Leite do Isea, onde em fevereiro de 2013 apenas 13 mulheres doavam. Hoje, o grupo reúne 100 doadoras. A estratégia para o crescimento foi um constante trabalho educativo que inclui a captação de doadoras entre as mães que parem na maternidade do instituto, nas unidades básicas do Saúde da Família e mídias sociais. Para estimular as doações, todas as mães recebem kits que incluem máscaras, toucas e frascos esterilizados para a coleta.

Um resultado do trabalho de atração de doadoras é a dona de casa Adriana Soares, de Campina Grande. Ela revela que já teve três filhos e nunca doou, mas sempre teve esse desejo. “Sempre tive a vontade. Acho muito bonito poder ajudar outras crianças porque eu tenho leite de sobra”, garante a nova doadora.

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Jornal da Paraíba

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