VIDA URBANA
Beneficiários de CG participam de audiência sobre Bolsa Família
Audiência pública orientou beneficiários do Bolsa Família sobre recadastramento, extrato de pagamento e manutenção das crianças na escola.
Publicado em 29/11/2012 às 6:00
Centenas de beneficiários do Bolsa Família que residem em Campina Grande nos bairros de Santo Antônio, José Pinheiro, Nova Brasília, Vila Castelo Branco, Monte Castelo e Sítio Marinho, participaram durante a manhã de ontem no ginásio do Complexo Plínio Lemos da 6ª edição da Audiência Pública promovida pelo Programa Fome Zero e Ministério Público (MP). No encontro, foram tratados assuntos como acompanhamento em saúde, manutenção das crianças na escola, orientações sobre recadastramento e orientações acerca do extrato de pagamento do benefício.
Na ocasião, apenas as pessoas que fazem parte do programa social do governo federal que têm seus filhos matriculados em 35 unidades de ensino, entre escolas e creches nos bairros citados, receberam as orientações tanto do coordenador do programa Fome Zero na cidade, Éder Rotandano, como do curador da Promotoria da Infância e Juventude do Ministério Público, Herbert Targino. Em suas considerações, ambos reafirmaram as condicionalidades para a manutenção do benefício, como também alertaram para que os problemas sociais não prejudiquem a família atendida.
“Campina Grande tem 34.400 famílias cadastradas no Bolsa Família, por isso temos que periodicamente realizar essas audiências públicas para orientá-los das condições de como manter o benefício. Já que se for detectado algum problema, o benefício pode ser suspenso, depois bloqueado e por fim cancelado. Por isso que temos que mostrar a necessidade de se cumprir as tarefas sociais como manter a frequência escolar da criança, como também comprovar as visitas às Unidades Básicas de Saúde da Família (UBSFs)”, disse Rotandano.
As mães Maria de Lourdes 42 anos, moradora do bairro de José Pinheiro, e Ana Beatriz Silva, 34 anos, residente no Monte Castelo, afirmaram seguir todas essas recomendações, para que ambas não enfrentem problemas com o benefício, que é a única fonte de renda das duas famílias. “Na minha casa sou só eu com minhas duas filhas. Eu tento a todo custo mantê-las na escola para poder dar um futuro melhor, porque passamos por muitas dificuldades para educar nossos filhos”, disse Lourdes.
E algumas dessas dificuldades, a partir de problemas sociais, foram abordadas por Herbert Targino, promotor do Ministério Público, que em suas considerações alertou sobre os transtornos pelo uso das drogas, a prática da violência doméstica e a ausência da educação na vida dos jovens. “Nossa contribuição é mostrar para eles a necessidade da educação na formação do cidadão. Essas crianças são o nosso futuro, por isso a necessidade do comprometimento dos pais em conduzir essa educação”, destacou o curador do MP.
Comentários