Bens apreendidos pela Receita Federal se transformam em doações

Muitos são os objetos contrabandeados apreendidos pela Receita Federal no país. Dependendo do porte, alguns são leiloados e outros destruídos, mas muitos são revertidos em doações e chegam às instituições do Estado da Paraíba. Segundo informações repassadas pela superintendência da Receita Federal na 4ª Região Fiscal, somente de janeiro a setembro deste ano aproximadamente R$ 1.440.000 em mercadorias apreendidas foram revertidas em doações para entidades filantrópicas do Estado da Paraíba. Entre os objetos doados estão desde roupas e perfumes a aparelhos eletrônicos.

Segundo o inspetor-chefe da Receita Federal em Cabedelo, Paulo Costa, na Paraíba as apreensões são realizadas, principalmente, nas dependências da Central dos Correios, onde são vistoriadas encomendas e remessas postais, nas lojas de comércio da capital e no interior do Estado, na fiscalização de voos oriundos de locais onde possa ter havido conexões internacionais e realizando barreiras nas estradas para identificar objetos de contrabando ou descaminho.

Em cada local são realizadas apreensões corriqueiramente, tendo como objetos de apreensão desde máquinas fotográficas e celulares de até R$ 4 mil a produtos chineses de pequeno valor. Em uma das apreensões, por exemplo, a Receita apreendeu um carregamento de bolsos de camisa nos quais estavam afixados o nome de uma marca. No outro extremo, já foi apreendido um equipamento de ressonância. “Nos aeroportos apreendemos geralmente mercadorias de pequeno volume e maior valor agregado, como relógios, óculos, roupas, maquiagens e perfumes. Nas lojas são mais equipamentos eletrônicos, de informática, além de roupas e perfumes. Nos Correios são principalmente eletrônicos, aparelhos de informática e celulares. Já nas estradas, os bens mais apreendidos são veículos, bugigangas chinesas, equipamentos eletrônicos e de informática”, detalhou.

As mercadorias, após apreendidas, são armazenadas no depósito da Receita da capital, onde ficam armazenados não somente equipamentos provenientes de apreensões realizadas no Estado. Segundo Daniel Vieira, chefe da comunicação da superintendência da Receita na 4ª Região Fiscal, a maioria das apreensões de produtos realizada no país provém de Foz do Iguaçu. De lá, parte dos produtos vêm para a Paraíba, mas nem todos ficam aqui.