Bolsa facilita acesso à graduação

Um exemplo de pessoa que perseguiu a sua vaga e conquistou o diploma de ensino superior é o graduado em enfermagem Handenberg Maciel, de 36 anos. Natural de Campina Grande, ele concluiu sua formação em 2013, após fazer por duas vezes o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e conseguir a bolsa com valor integral para o curso desejado.

“Anteriormente eu cursava Geografia na Universidade Estadual da Paraíba, mas não me identifiquei com o curso, lecionar não é minha vocação. Acabei fazendo um curso técnico de Radiologia, gostei da área de saúde e percebi que fisioterapia ou enfermagem seriam os cursos em que eu poderia obter sucesso profissional”, disse.

Handenberg começou o curso com metade do valor da mensalidade quitado com a ajuda do governo federal e no mesmo ano conseguiu a quitação integral através do Enem. “Quando passei no Enem pela primeira vez, obtive uma nota que só me deu direito a ajuda de pagamento para 50% do valor do curso, na primeira entrada. Só que no mesmo ano eu fiz outra vez o exame, consegui uma nota melhor e, com ela, tive o suporte suficiente para pleitear a quitação de 100% do valor do pagamento da mensalidade”, relembra o graduado, que pretende fazer outro curso para agregar valor à sua formação acadêmica, na área de enfermagem e segurança do trabalho.

Ele conta que com relação à documentação, não encontrou grandes problemas para conseguir aderir ao Prouni. “Antes mesmo de levar os documentos necessários até a faculdade onde cursei, eu pesquisei na internet o que deveria levar para não ter dor de cabeça e como viram que eu tinha me empenhado em ajudar, os funcionários da faculdade facilitaram a questão documental para que eu não perdesse tempo. Deu tudo certo e eu continuei o meu curso superior”, falou.

Em virtude da alta concorrência para a área na qual se formou, Handenberg também estuda para concursos públicos. Ele já concorreu em alguns certames, mas está se esforçando para estudar e passar em concursos como o da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), que está com inscrições abertas até o dia 8 de agosto deste ano.

Sobre o Prouni, Handenberg recomenda o programa educacional para as pessoas que assim como ele pretendem garantir um curso, mas que desempenham outras atividades. “No meu caso, que trabalho em dois expedientes, para conseguir a formação superior, primeiramente tinha que estudar à noite e o ProUni oferece a graduação neste turno para quem necessita dela. Com relação ao fator financeiro, eu não teria como arcar com o valor total da mensalidade, que na época era algo em torno de R$ 600, então eu indico para todas as pessoas que almejam o diploma de uma faculdade a procurarem o programa, principalmente os oriundos da rede pública de ensino, como eu”, afirmou.

Assim como ele, outras quatro pessoas concluíram o curso de enfermagem com a ajuda do programa. “Minha turma começou com quase 70 alunos, concluíram 30 pessoas, e destes, os cinco estudantes que eram beneficiados com o ProUni estavam entre os que concluíram a graduação, inclusive eu. A maioria hoje atua em hospitais, unidades de saúde, ou seja, elas tiveram a ajuda do programa para agregarem valor ao seu conhecimento e hoje estarem no mercado de trabalho”, comemorou.(Walter Miro)