VIDA URBANA
Bolsa Família: 21 cidades são 100% monitoradas
Em todo o Estado índices superaram o percentual de 83%, entre os cinco maiores municípios paraibanos; os dados são do MDS.
Publicado em 20/11/2013 às 6:00 | Atualizado em 04/05/2023 às 12:12
Entre os meses de agosto e setembro deste ano, 21 municípios da Paraíba obtiveram índice de 100% no acompanhamento da frequência escolar de mais de 21,4 mil alunos da rede pública de ensino, beneficiários do Bolsa Família, na faixa etária entre seis e 17 anos.
Os dados foram divulgados ontem, pelo Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), e em todo o Brasil o índice bateu recorde, alcançando a marca de 90,8% no acompanhamento de mais de 15,9 milhões de alunos.
Em todo o Estado, os índices superaram o percentual de 83%, e entre os cinco maiores municípios (João Pessoa, Campina Grande, Santa Rita, Patos e Bayeux), a média foi de 98,13%, com o total de alunos que cumpriram com a condicionalidade do Programa chegando a 121.972.
De acordo com a secretária de Estado do Desenvolvimento Humano, Cida Ramos, os percentuais positivos são frutos de um trabalho articulado desenvolvido em todo o Estado, em especial com as pastas da educação e saúde, responsáveis por cumprir com as condições impostas pelo Bolsa Família.
“Para nós, este resultado não é uma surpresa, uma vez que desenvolvemos um trabalho articulado com todos os municípios, através de visitas e reuniões, mas é sim importante ser comemorado. Mas nosso trabalho vai além do acompanhamento da frequência desses alunos e de suas carteiras de vacinação, centrando-se na qualidade do ensino a eles oferecido, bem como das condições externas à sala de aula, como a oferta de merenda de qualidade e transporte escolar”, disse.
Na Paraíba, o único município que apresentou frequência escolar abaixo dos 83% foi Cacimba de Dentro. Segundo os dados, dos 506 alunos beneficiados com o programa na cidade, a Secretaria Municipal de Educação repassou ao Ministério de Desenvolvimento Social informações de 166 deles, ou seja 32,81%. De acordo com Cida Ramos, uma reunião acontecerá na próxima semana para que o município esclareça as motivações do não repasse da frequência dos beneficiários.
“Esse índice aponta para erros muitos graves que podem estar ocorrendo naquela cidade, desde o aluno ter sido retirado pela família da escola, a estar sofrendo exploração, tendo que trabalhar, por exemplo. Ainda assim, pode ter ocorrido simplesmente que a prefeitura tenha perdido o prazo para o envio das informações, o que não é admissível. Vamos cruzar dados e iremos ao local encontrar esses alunos e garantir o acompanhamento normal deles”, garantiu a secretária Cida Ramos.
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