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VIDA URBANA

Busca por mais direitos marca o Dia da Mulher

Dia Internacional da Mulher, foi marcado por protestos, feira de serviços e café da manhã coletivo, na capital.

Publicado em 09/03/2012 às 6:30


O Dia 8 de Março foi marcado em João Pessoa, pelas mulheres, com protestos por mais justiça e direitos sociais. Batendo lata, usando carros de som, bandeiras rosas, faixas e cartazes com fotos de filhos assassinados, representantes de grupos feministas fizeram manifestações no Parque Solón de Lucena, na Praça Pedro Américo e no Ponto de Cem Réis. Ainda houve café da manhã coletivo, feira de serviços e uma caminhada em homenagem ao sexo feminino.

Entre outras reivindicações, as protestantes exigiram um melhor funcionamento do Juizado Especial das Mulheres e da Secretaria de Estado da Mulher e da Diversidade Humana e a ampliação das delegacias especializadas em direitos femininos.

O combate à impunidade foi a principal reivindicação feita. Só este ano, segundo o Centro 8 de Março, 25 mulheres foram assassinadas. O caso mais grave ocorreu no dia 17 de fevereiro, no município de Queimadas, a 133 quilômetros de João Pessoa.

No local, cinco mulheres foram estupradas, durante uma festa, e duas acabaram sendo mortas, porque reconheceram os criminosos.

A violência foi a principal queixa dos discursos inflamados, feitos ontem no Parque Solon de Lucena, onde duas tendas e quase 30 mulheres ocuparam a área próxima aos pontos de ônibus. O movimento foi realizado por diversos grupos que combatem a criminalidade contra a mulher.

A integrante da Rede Feminina da Paraíba, Vânia Macedo, explicou que, apesar do dia ser dedicado às mulheres, não há muito o que comemorar entre a população feminina. “As mulheres ainda continuam sendo tratadas como meras mercadorias. O estupro coletivo que ocorreu em Queimadas mostra bem isso. As vítimas foram 'presenteadas' aos aniversariantes, que eram criminosos”, observou.

“Queremos não apenas mais respeito, mas que as políticas sejam bem aplicadas”, ressaltou. Vânia criticou a atuação da Secretaria de Estado de Mulher da Diversidade Humana, criada para defender os direitos não apenas das mulheres, mas também dos homossexuais, bissexuais, travestis e transexuais. Vânia defende que as ações sejam voltadas exclusivamente para o sexo feminino. “Para nós, essa variedade de segmentos prejudica a atuação da secretaria, que não pode focar as ações nas mulheres”, justificou.

A enfermeira Hipernestre Carneiro também participou do protesto.

Ela é mãe da estudante Ariane Thays Carneiro, encontrada morta no dia 15 de abril do ano passado, às margens da BR 230, em João Pessoa. O principal suspeito do crime é o ex-namorado da jovem, o universitário Luiz Paes de Araújo. Durante o protesto,

Hipernestre coletou assinaturas para um abaixo-assinado. Ela explicou que o documento será entregue ao Poder Judiciário para cobrar mais celeridade na apuração do crime.

Ela criou o grupo “Mães na Dor”, que reúne familiares de vítimas da violência e disse que há mulheres que perderam os filhos e ainda sofrem ameaças dos criminosos. “Temos casos de mães que nem podem aparecer, porque correm risco de morte”, denunciou.

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Jornal da Paraíba

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