VIDA URBANA
Cagepa determina manutenção e Sousa tem racionamento de água
Apesar da dívida de R$ 12 milhões da Prefeitura de Sousa junto a Cagepa, presidente da Cagepa diz que não vai prejudicar população.
Publicado em 13/07/2009 às 12:10
Karoline Zilah
Durante parte desta semana, o abastecimento de água no município de Sousa, no Alto Sertão, está racionado e só funciona das 5h às 17h. De acordo com a Companhia de Água e Esgotos do Estado da Paraíba (Cagepa), está havendo uma manutenção na estação de Marizópolis, que atende a cidade. Segundo o presidente Edísio Souto, os reparos devem ser concluídos em breve e o abastecimento normalizado.
Um assunto que estremece as relações da Cagepa com a Departamento de Água, Esgoto e Saneamento Ambiental (Daesa), órgão da Prefeitura responsável pela distribuição da água, é uma dívida que a Daesa acumula desde o ano de 2006.
Edísio Souto reconheceu que a dívida existe, mas disse que já conversou com o prefeito Fábio Tyrone para negociar o problema financeiro, garantindo que a população não será prejudicada por causa disso.
“Não recebi nenhuma orientação do governador para cortar a água por causa da dívida. Quando tivermos que cobrá-la, será na Justiça, e não prejudicando a população”. Edísio reforçou que fez o mesmo procedimento de suspensão do abastecimento de água com fins de manutenção em Boqueirão e Campina Grande.
Cacá Gadelha, gerente regional da Cagepa, disse que a dívida chega a R$ 12 milhões e alertou para o consumo "exorbitante" de água na cidade. “Se continuar desse jeito, Sousa poderá ter um colapso daqui a 4 ou 5 anos. Enquanto Patos tem 100 mil habitantes e consome 600 mil litros cúbicos de água por mês, Sousa tem 55 mil moradores e gasta 650 mil litros cúbicos, o que representa 110% a mais do que Patos, levando em consideração que Sousa tem metade da população”, explicou Cacá Gadelha.
A gestão da água na cidade é municipalizada. A Cagepa é responsável por fornecer a água do açude de São Gonçalo para o reservatório da prefeitura, para que, então, a água seja distribuída para a população. O superintendente da Daesa, Ricardo Peter, disse desconhecer que a água tenha sido cortada por causa de uma dívida.
“Existe realmente a dívida, mas ela foi acumulada pela gestão anterior. Tivemos uma reunião com o prefeito Fábio Tyrone e o presidente da Cagepa, Edísio Souto, mas o prefeito pediu para negociar e mostrou que não tinha como liquidar toda a dívida que foi apresentada”, explicou Ricardo Peter.
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