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VIDA URBANA

Cagepa intensifica fiscalização em ligações clandestinas de água

Objetivo da ação é verificar as irregularidades nas ligações de água e corrigir os danos à rede, segundo direção do órgão.

Publicado em 16/06/2015 às 6:00 | Atualizado em 07/02/2024 às 17:25

Todos os meses, o açude Epitácio Pessoa (Boqueirão) registra grande perda de água de forma clandestina, as chamadas ligações clandestinas. A situação é preocupante porque a Companhia Paraibana de Água e Esgotos (Cagepa) não consegue calcular o prejuízo diante da clandestinidade.

A fraude, além de ser uma das maiores vilãs no combate ao consumo de água, também compromete a estrutura física da rede de abastecimento, causando vazamentos. Entretanto, a prática deve sofrer intensa fiscalização por parte do órgão a partir deste mês. Isso porque a regional da Cagepa em Campina Grande vai receber dez veículos para atuar em uma força-tarefa no combate à prática irregular.

A informação foi do diretor de operações da Companhia, José Mota. Segundo ele, o objetivo da ação é verificar as irregularidades nas ligações de água e corrigir os danos à rede.

“Temos uma grande quantidade de ligações cortadas, no entanto, as pessoas continuam utilizando água, porque isso é uma necessidade básica. Mas só a Cagepa distribui água, então queremos saber como essas pessoas estão se mantendo. Também iremos intensificar a fiscalização nas empresas e construções. Combater as irregularidades, a exemplo do furto de água é também uma maneira de economizar água, porque quando não se sente no bolso o gasto, infelizmente, a preocupação com o consumo também é menor”, afirmou o diretor.

Conforme o gerente regional da Cagepa, Simão Barbosa, com a medida, o combate acontecerá de forma mais eficiente e diminuirá os prejuízos tanto de arrecadação, quanto do consumo de água. “Vamos fazer uma varredura em Campina Grande e depois nas demais cidades da regional que são abastecidas por Boqueirão. Queremos identificar as irregularidades e corrigir esses danos, porque algumas localidades não contam com a rede de abastecimento convencional, o que propicia a instalação de ligações irregulares. Quando regularizamos as ligações é comum que as pessoas passem a desperdiçar menos água”, explicou Simão.

O diretor de operações da Cagepa, José Mota, destacou também que o ‘gato’ e toda infração causada propositadamente pelo usuário, com o intuito de distorcer o real consumo de água, é irregular e ilegal. De acordo com o órgão, quando a fraude é comprovada, o usuário é notificado, paga multa, além arcar com os custos de um possível dano ou violação, podendo ainda ser indiciado por crime de furto. O açude de Boqueirão tem hoje 18,2% da capacidade.

RACIONAMENTO
As nove cidades abastecidas pelo açude Epitácio Pessoa (Boqueirão), que integram o sistema adutor de Campina Grande e adotaram o racionamento já conseguiram economizar, juntas, cerca de três milhões de metros cúbicos de água, desde que adotaram a medida, no dia 6 de dezembro de 2014. Conforme a Cagepa, com o volume de água economizado, seria possível abastecer o mesmo sistema durante 40 dias.

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Jornal da Paraíba

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