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VIDA URBANA

Cagepa será alvo de investigação do MPT

Procedimento administrativo irá apurar denúncias de que o órgão estaria desrespeitando normas de segurança.

Publicado em 01/06/2012 às 6:30


Além da greve dos servidores, que já dura três dias em Campina Grande e em algumas cidades do interior do Estado, a Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa) vai enfrentar, agora, uma investigação do Ministério Público do Trabalho (MPT).

O órgão abriu procedimento administrativo para apurar denúncias formalizadas pelos funcionários da Cagepa de que a empresa está infringindo normas de segurança, previstas em lei. Ontem, os grevistas fizeram protestos e interromperam o trânsito no Centro de João Pessoa.

Segundo o presidente do Sindicato de Trabalhadores nas Indústrias da Paraíba (StiuPB), Wilton Maia Velez, as ferramentas de trabalho dos operários da Cagepa estão sucateadas e os funcionários não recebem, sequer, os equipamentos de proteção individual, os chamados EPIs, cuja distribuição é determinada por lei. “Os operários não têm luvas, botas e ainda precisam reutilizar luvas, o que é um risco para a saúde, já que muitos trabalham em contato com esgoto e em condições insalubres”, declarou.

O sindicalista também denunciou que a empresa possui empregados com altos salários, que chegam a R$ 30 mil, por mês. “A empresa está em crise, em meio a um caos e paga 'marajás', enquanto que a maioria dos servidores ganha R$ 600 por mês”, completou.

Os servidores pedem a demissão de 500 comissionados da empresa, um plano de recuperação da autarquia com sua autonomia administrativa e financeira. Eles também cobram reajuste salarial, aumento nos valores creditados em tickets alimentação e maior transparência no uso dos R$ 120 milhões que a Cagepa pretende receber através de um empréstimo bancário.

A greve, que foi deflagrada na última quarta-feira já conta com 70% da adesão de funcionários da Companhia, no Estado, segundo o StiuPB. São quase 1.500 servidores que resolveram cruzar os braços. Ontem, quase 300 manifestantes se concentraram em frente à Estação de Marés, que fica às margens da BR-101, em João Pessoa, e seguiram a pé em direção ao Centro. Com faixas, cartazes e fazendo um apitaço, os grevistas interromperam também o trabalho das equipes que fazem serviços operacionais, como ligação e corte de abastecimento domiciliar de água.

O procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho, Eduardo Varandas, disse que o órgão vai investigar a denúncia formalizada pelos funcionários da Cagepa. Ele disse que a falta de entrega dos EPIs aos empregados é uma infração considerada muito grave pelas leis trabalhistas.

COMPROMISSO
Através da assessoria de imprensa, a Cagepa informou que dirigentes da Companhia se reuniram ontem com representantes dos grevistas. Os encontros ocorreram em João Pessoa e em Campina Grande. Nas ocasiões, a Companhia se comprometeu em melhorar as condições de trabalho e renovar as cláusulas sociais previstas no Contrato Coletivo dos servidores. No entanto, a negociação não teve força para encerrar a greve porque a empresa afirmou que não poderia conceder o aumento salarial aos trabalhadores neste momento.

Segundo o setor de imprensa, a Companhia está passando por uma crise financeira e possui um déficit mensal de R$ 6 milhões, causado principalmente pela quitação de dívidas com bancos privados. Todo mês, a empresa arrecada cerca de 36 milhões, no entanto, tem uma despesa de R$ 42 milhões. Por isso, a Cagepa não tem condições de conceder, neste momento, o reajuste de 15% (no contracheque) e de 24% (no vale alimentação) aos empregados.

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Jornal da Paraíba

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