Cai número de atendimentos de queimados em CG e João Pessoa

As festividades de São João registraram uma diminuição no número de atendimentos de queimados nos principais hospitais da Paraíba. Tanto o Hospital de Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes, em Campina Grande, como o Hospital de Trauma Senador Humberto Lucena, em João Pessoa, tiveram menos pacientes na ala de queimados, sendo que a redução maior aconteceu na unidade do interior.

Em 2013, foram atendidos 20 pacientes no local e este ano apenas sete pessoas deram entrada, sendo quatro crianças e três adultos. Já na capital, o número reduziu de 42 em 2013 para 41 pacientes queimados atendidos em 2014.

De acordo com a médica responsável pela ala de tratamento em queimaduras no Hospital de Trauma de Campina Grande, Isis Lacerda, as pessoas estão tomando mais cuidados para evitar principalmente acidentes em fogueiras e fogos de artifício.

Segundo ela, os casos registrados na unidade foram mais de acidentes domésticos, apesar de dois pacientes precisarem ficar internados após se envolverem em incidentes com fogos de artifícios.

Um dos jovens que acabou se ferindo com a explosão de fogos foi Anderson Moreno, 24 anos, morador da cidade de Umbuzeiro, no Cariri paraibano. Após detonar quatro bombas seguidas, o quinto artefato acabou explodindo na sua mão causando a perda de parte de dois dedos e unhas da mão direita.

Segundo o relato do paciente, na hora ele não percebeu que o pavio da última bomba estava curto e que nesses casos o risco de detonação ainda com o artefato nas mãos é alto. “Eu não sou habituado a soltar bomba. Nunca tinha feito isso antes.

Infelizmente aconteceu porque eu não percebi que na última o pavio era curto. Assim que eu acendi, ela explodiu”, confirmou o jovem.

Assim como Campina Grande, onde dos sete atendimentos quatro foram de pacientes que moram no município, o Hospital de Trauma de João Pessoa também recebeu em sua maioria pacientes que moram na capital. Dos 41 pacientes, 25 deles residem na cidade.

De acordo com a assessoria de imprensa da unidade, o levantamento realizado do quadro de pessoas atendidas na unidade de queimados, nove pacientes foram vítimas de queimaduras por exposição a alta temperatura, enquanto que três por contato com fogueiras, onze com fogos de artifícios, onze com líquidos quentes, cinco com outros tipos e dois sem especificações.