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VIDA URBANA

Caixa-preta não gravou dados de avião

Responsável pela investigação do acidente, a Aeronáutica disse não saber por que não houve gravação do último voo.

Publicado em 16/08/2014 às 6:00 | Atualizado em 07/03/2024 às 15:59

A caixa-preta do Cessna Citation não registrou a conversa dos dois pilotos no voo que caiu em Santos e matou o presidenciável Eduardo Campos, informou a Aeronáutica ontem. Campos e outras seis pessoas - quatro assessores dele e os dois pilotos - morreram num acidente aéreo na última quarta-feira (13).

Responsável pela investigação do acidente, a Aeronáutica disse não saber por que não houve gravação do último voo.

A fabricante da aeronave, a americana Cessna, será consultada.

A conversa permitiria saber o que levou os pilotos a tomar decisões nos momentos antes da tragédia.

Segundo o órgão, a memória contida na caixa-preta registrou outras conversas na cabine, anteriores à do voo que caiu, entre Santos Dumont (Rio) e a Base Aérea de Santos, no Guarujá.

A Aeronáutica irá confrontar os últimos voos do jato para saber a data da última gravação na cabine de comando. Assim, será possível saber há quantos dias ou meses o gravador deixou de funcionar.

Por lei, uma aeronave não pode decolar com o gravador de dados de voz inoperante, segundo a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). Antes de cada voo, o comandante é obrigado a checar se o equipamento funciona, conforme o manual de operação do fabricante. Há dois botões na cabine de comando do Citation para isso. É possível que uma falha tenha feito o gravador do Citation parar de registrar as conversas na cabine, questão que a Aeronáutica irá verificar durante a apuração.

Embora não seja usual, um piloto consegue desligar o equipamento; para tal, é preciso retirar um disjuntor na cabine, segundo três ex-investigadores de acidentes aéreos e um piloto de Citation. Isso não apaga as conversas anteriores - interrompe a gravação dali em diante.

INVESTIGAÇÃO

Sem o gravador de voz, perde-se um importante elemento para ajudar os investigadores a saber o que levou o jato que levava Campos a cair. Na investigação do acidente em que um Airbus da TAM atravessou a pista de Congonhas e explodiu, em 2007, o registro das conversas na cabine permitiu à Aeronáutica descobrir que o comandante demonstrava preocupação e ansiedade quanto ao fato de a pista do aeroporto estar molhada pouco antes do pouso. A investigação concluiu que o avião não parou porque acelerou em vez de frear.

No caso do Citation, os investigadores terão que se fixar no que acharam no local dos destroços para reconstituir o acidente. Os dois motores foram recuperados, mas a dificuldade é que o avião se fragmentou em pedaços diante da força do impacto no solo. Outra questão atrapalha a descoberta da causa do acidente: o jato não tinha gravador de dados de voo, que monitora o comportamento dos equipamentos do avião. A Aeronáutica disse que os dados do gravador de voz não são "imprescindíveis para a identificação dos possíveis fatores contribuintes".

Diante da notícia de que a caixa-preta do avião que caiu em Santos e matou o presidenciável Eduardo Campos não gravou a conversa entre os dois pilotos, lideranças do PSB decidiram pedir acesso aos dados da Aeronáutica para uma "apuração isenta" sobre o acidente. Reunidos em São Paulo para discutir o futuro da chapa do partido na disputa pelo Planalto, os deputados Beto Albuquerque (RS), Márcio França (SP) e Júlio Delgado (MG) ficaram "estarrecidos" com a informação da Aeronáutica, que investiga o caso.

CORPOS ESTAVAM PULVERIZADOS

O dentista que há 25 anos atendia o ex-governador Eduardo Campos e sua família voltou de São Paulo sem conseguir ajudar na identificação dos corpos das sete vítimas do acidente aéreo da última quarta-feira, dia 13. Fernando Cavalcanti passou apenas um dia em Santos (SP) porque não era possível identificar os corpos pelas arcadas dentárias. Segundo o dentista, os corpos estavam pulverizados.

"Foi impossível identificar porque não tem arcada. Só o exame de DNA vai efetivamente fazer a comprovação de quem é quem pelo estrago em que estavam os restos mortais", afirmou o dentista antes de entrar na casa do ex-governador para cumprimentar a viúva, Renata Campos.

O estrago foi muito grande, disse Cavalcanti. "A explosão foi muito grande. Você não consegue determinar qual é Eduardo, qual é o piloto, qual é o fotógrafo", afirmou. Segundo ele, restos dos se espalharam por 15 casas.

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Jornal da Paraíba

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