VIDA URBANA
Camelôs de outras cidades 'invadem' João Pessoa
Segundo o sindicato dos ambulantes, é cada vez mais comum camelôs virem de cidades próximas para vender em João Pessoa.
Publicado em 03/12/2011 às 6:30
Cerca de 150 camelôs vindos de outros Estados atuam em João Pessoa, segundo dados do Sindicato dos Ambulantes da Paraíba (Sindiambulantes-PB). De acordo com o presidente do sindicato, Juarez Marques, esses comerciantes, principalmente de Recife (PE) e Natal (RN), atuam em toda a cidade, do Terminal Rodoviário à praia. Com o aumento do fluxo de turistas na capital paraibana, aumenta também o número de vendedores ambulantes.
Segundo o secretário de Desenvolvimento Urbano de João Pessoa (Sedurb), Lucius Fabiani, a partir de novembro até o final do verão, muitos comerciantes vêm de Recife, Natal e até de Fortaleza (CE) vender seus produtos na capital paraibana.
“Surgem muitos vendedores nesta época, tanto de cidades daqui da Paraíba, como de outros Estados. A Sedurb realiza fiscalizações constantes, pois o comércio com ponto fixo nas ruas é proibido”, afirmou Lucius Fabiani.
De acordo com dados da Sedurb, há cerca de 1,2 mil ambulantes trabalhando nos cinco shoppings populares de João Pessoa. Há ainda mais 700 comerciantes cadastrados na Prefeitura para atuarem em eventos promovidos pelo poder municipal. “Para ganhar os boxes nos shoppings populares, priorizamos os vendedores de João Pessoa, mas há muitos de Santa Rita, Bayeux e Cabedelo. Os que vêm de outros Estados ficam pelas ruas e muitos deles vendem produtos piratas”, disse Lucius Fabiani.
Para o presidente do Sindiambulantes-PB, a vinda de vendedores de outros Estados atrapalha a venda dos comerciantes locais. “Muitos nem são camelôs de verdade, são representantes de empresas e ficam vendendo na rua, aumentando a concorrência. Mesmo nos eventos da Prefeitura, esses comerciantes vêm vender aqui”, disse Juarez Marques.
Para o vendedor ambulante Paulo Sérgio Oliveira, muitos comerciantes procuram João Pessoa por ser uma cidade tranquila e que recebe muitos turistas no final do ano. “Muita gente está saindo da violência de Recife e procurando cidades mais calmas como João Pessoa. Como muitos não têm qualificação, acabam no comércio informal”, disse Paulo, que é de Recife e está na Paraíba há oito anos.
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