Campanha quer quitar as dívidas do Hospital Pedro I

Com um déficit de cerca de R$ 100 mil por mês e uma dívida acumulada dos últimos anos que pode atingir R$ 7 milhões, o Hospital Pedro I, unidade médica mais antiga de Campina Grande, será alvo de uma campanha para arrecadação de dinheiro, medicamentos e alimentos. Com uma folha salarial de 323 funcionários atrasada e sem conseguir cumprir o pagamento a fornecedores e empréstimos bancários que foram solicitados há alguns anos, o hospital espera receber da população uma ajuda que possa ser fundamental para a manutenção dos serviços prestados naquela casa.

De acordo com o Joenilson Marinho, diretor do Pedro I, como apenas 80% dos procedimentos do hospital são pagos com os recursos do Sistema Único de Saúde (SUS), existe um déficit natural que não tem sido possível ser contemplado, o que tem causado muitos problemas nas contas da unidade médica.

“Nossas principais dificuldades são com contratação de pessoal, o pagamento dos valores para as clínicas especializadas e o quadro médico. A nossa receita é de R$ 450 mil, só que as despesas chegam a R$ 550 mil, o que gera um passivo de R$ 100 mil”, destacou o médico.

Prestando serviço há 90 anos na cidade, a direção do hospital espera que a população de Campina Grande e das outras cidades que são atendidas possam ser sensibilizadas e passem a contribuir para que o local não sofra mais com as dificuldades, contudo, o diretor apontou que está descartada a possibilidade de fechamento da instituição. “Estamos convocando a população para nos ajudar, já que temos muitos serviços prestados a ela. O paciente do Pedro I é aquele paciente simples, que muitas vezes não encontra atendimento nos outros locais, mas lá consegue seu tratamento”, destacou.