VIDA URBANA
Campinenses protestam contra matança de animais em Igaracy
Manifestantes se reuniram às margens para protestar contra a morte de pelo menos 31 cães.
Publicado em 10/03/2018 às 13:16
Vestidos de preto, com faixas, cartazes e velas na mão, dezenas de moradores de Campina Grande se reuniram nesta sexta-feira (9), à noite, às margens do Açude Velho, para protestar contra determinação da morte de pelo menos 31 cães na cidade de Igaracy, no Sertão paraibano. O caso ocorreu há uma semana. A medida foi tomada pela Secretaria de Saúde do Município a qual alegou que os animais estavam doentes e ofereciam risco à população. Segundo a prefeitura, os animais foram sacrificados sem sofrimento, através de eutanásia. Mas, a Polícia Civil está investigado o caso, após denúncias de que os cães foram mortes de forma cruel.
O caso gerou revolta em várias partes do Brasil, através das redes sociais com apoio de artistas e ativistas. Em Campina Grande, entre os integrantes do ato estavam voluntários, advogados, médicos veterinários e donos de animais. O grupo ficou concentrado no monumentos dos Pioneiros e a escolha do local para o protesto não foi em vão
O estudante Matheus Neves disse que o ato “é pra mostrar que existem pessoas que amam a causa animal e que não perdida e que o amor ao próximo é isso. É não se calar”. A advogada Rachel Batista participou do ato e explicou que os elementos levantados pela Polícia Civil, no inquérito, indicam que houve crime.
“O crime foi cometido segundo a lei de crimes ambientais no artigo 32 que trata contra a fauna domésticos. Diz que foi foi cometido um crime. Foi cometida irregularidade, contra resolução do conselho de medicina veterinário, porque não foi observado os critérios pra eutanásia. não foi eutanásia, foi chacina, de acordo com as provas”, asseverou Rachel.
Crueldade
O delegado da Polícia Civil de Itaporanga, Glêberson Fernandes, responsável pelo inquérito que investiga a morte de cães na cidade de Igaracy, na região do Sertão, revelou nesta quinta-feira (8) que os animais recolhidos pelo município foram sacrificados com resquícios de crueldade, ou seja, diferente da versão apresentada pelo município que os animais haviam sido submetidos ao procedimento de eutanásia. Após serem mortos, os corpos dos cães foram despejados em uma área próxima ao lixão da cidade.
O secretário de saúde da cidade, José Carlos Maia, foi exonerado do cargo na quinta-feira (8). Para o Ministério Público Estadual da Paraíba (MPPB), ele violou "aos princípios da legalidade, moralidade e legitimidade, ineres ao cargo público" ao ordenar a matança de animais na cidade.
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