VIDA URBANA
Campinenses se destacam pela produção de 130 invenções por ano
Em toda a Paraíba são cerca de 180 novas invenções criadas. A cidade se tornou conhecida nacionalmente como celeiro de grandes talentos das mais variadas áreas do conhecimento.
Publicado em 26/09/2010 às 8:48
João Paulo Medeiros
Do Jornal da Paraíba
Faz muito tempo que Campina Grande, cidade localizada a 130 quilômetros de João Pessoa, se tornou conhecida nacionalmente como celeiro de grandes talentos e de estudiosos das mais variadas áreas do conhecimento. São duas universidades públicas e pelo menos oito particulares que fazem da cidade uma referência paraibana em termos de educação superior. No entanto, o que nem todo mundo sabe é que o município também se destaca pela criatividade.
Para se ter ideia a cada ano, de acordo com a Associação dos Inventores do Nordeste, são criadas e patenteadas em média 130 novas invenções na cidade, o que representa aproximadamente 72,2% dos novos inventos nascidos na Paraíba. No Estado, são cerca de 180 novas invenções criadas. O presidente da entidade, José Muniz, contou que atualmente existem na cidade pelo menos 30 inventores cadastrados e que produzem produtos dos mais variados tipos.
Com mais de 80 inventos patenteados, ele lançou recentemente a ‘galeria inteligente’, que tem por objetivo evitar o acúmulo de lixo e insetos em redes de esgotos. O projeto inicial, que começou a ser elaborado há mais de um ano, já foi aprovado e está se transformando após receber a patente em produção industrial. Em uma fábrica, localizada no Distrito Industrial campinense, José Muniz já fabrica cerca de 300 peças por mês e deverá em breve ampliar a sua produção para mais de mil itens mensais.
“Esse equipamento é todo feito com um plástico bastante resistente e sensores eletrônicos que permitem que o equipamento se feche ao perceber a presença da água do esgoto, fazendo com que resíduos sólidos e animais não passem e não venham no futuro a entupir os canos e provocar prejuízos”, descreveu o inventor, ressaltando que o equipamento “resolve um dos grandes problemas da saúde pública. É que ninguém faz a limpeza no interior da rede de esgotos e o lixo e animais que se aglomeram causam grandes males. Então a galeria vem justamente para acabar com isso”, acrescentou Muniz, que vai começar a exportar o produto para o Estado do Rio de Janeiro.
Este ano, os pesquisadores da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Helmut Neff e Elmar Melcher, desenvolveram depois de um ano de pesquisas, um biossensor ótico capaz de detectar se uma pessoa está infectada com o vírus da dengue em apenas dez minutos. O biossensor contém uma fina superfície de ouro, onde são colocados anticorpos da dengue.
Em seguida, coloca-se na mesma superfície o soro de sangue infectado com o vírus. Debaixo da superfície de ouro um feixe de luz é ativado e, a partir das reações apresentadas, pode-se afirmar se aquele sangue está ou não infectado com o vírus da dengue. A pesquisa ainda está em andamento e outros testes irão ser realizados, para que o equipamento possa estar apto a chegar ao mercado.
Leia mais na edição deste domingo do Jornal da Paraíba.
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