VIDA URBANA
Câncer de mama cresce na PB
Inca estima que o número de casos da doença seja 16,6% maior que o do ano passado.
Publicado em 14/10/2012 às 8:00
O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima que 640 novos casos de câncer de mama surjam este ano na Paraíba. O número é maior do que a estimativa do ano passado, cerca de 550. A professora de artesanato Joana Darc Gomes, de 41 anos, faz parte desta estatística e precisou retirar uma das mamas para tratar a doença. A professora procurou um recurso realizado através da Clínica Escola de Fisioterapia da UEPB, onde é oferecida uma terapia que, além de melhorar a condição física da mulher, acaba elevando sua autoestima.
A professora de artesanato contou que foi pega de surpresa com o diagnóstico da doença. “Trabalhava como representante de vendas e sempre participava de campanhas de conscientização contra o câncer, mas quando percebi que tinha algo de errado com a minha mama, já estava com câncer no seio direito”, contou. O caso da professora foi descoberto há seis meses e a cirurgia realizada há três.
Além do tratamento medicamentoso, Joana acabou descobrindo na Clínica de Fisioterapia um local para amenizar suas dores físicas e até emocionais. Ela explicou que antes de iniciar as sessões sentia muitas dores nos braços e dormência no local onde foi feita a cirurgia, mas que, através do estímulo que recebe durante a fisioterapia, o incômodo acabou diminuindo. Segundo a coordenadora da clínica, Maria de Lourdes Fernandes, após a cirurgia, a mulher passa a ter uma nova realidade corporal, pois ocorrem alterações importantes em níveis anatômico, fisiológico e funcional que podem vir acompanhadas de dores, alterando a maneira dela sentir e vivenciar o corpo.
“Com base nessas alterações, a reabilitação torna-se primordial, por apresentar um conjunto de possibilidades terapêuticas suscetíveis de serem empregadas desde a fase mais precoce da recuperação funcional do membro superior e cintura escapular, até a profilaxia e o tratamento de sequelas, como aderências cicatriciais e linfedemas”, explicou. Ela afirmou que a abordagem às pacientes tem que ser integrada a diversos aspectos, inclusive o psicológico e que a escolha do tratamento para o câncer de mama depende de uma avaliação individual e criteriosa, considerando as características do tumor e a fase da doença.
O tratamento, conforme explicou, é realizado através de estímulos ao corpo das pacientes, através de massagens e exercícios específicos. “O fisioterapeuta deverá estar atento à funcionalidade, que envolve os componentes da saúde e do bem-estar da mulher”, contou.
FISIOTERAPIA GRATUITA
A Clínica Escola de Fisioterapia da UEPB funciona no campus de Campina Grande, no bairro de Bodocongó. No local é desenvolvido, há mais de 20 anos, um programa de atenção à mulher mastectomizada, envolvendo alunos e professores da área da saúde da mulher.
O atendimento é realizado de segunda a sexta-feira nos turnos manhã e tarde. Para participar, a mastectomizada deverá apresentar o encaminhamento médico, cartão do SUS, documento de identificação com foto e comprovante de residência.
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