VIDA URBANA
Câncer de mama deve atingir 800 mulheres paraibanas em 2016
Projeto 'Amigos do Peito' realiza mamografias gratuitamente para mulheres em Campina Grande.
Publicado em 26/07/2016 às 13:36
Receber o diagnóstico do câncer de mama não é algo fácil, mas se a doença for descoberta ainda no início as chances de cura se multiplicam. Essa é a máxima que norteia as campanhas de prevenção e a mamografia acaba sendo a maneira mais eficaz de detecção desse problema, que segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA) deve acometer cerca de 800 mulheres em toda a Paraíba esse ano. Por conta disso, está sendo desenvolvido em Campina Grande o projeto 'Amigos do Peito', com uma unidade móvel oferendo exames de forma gratuita para a população.
De acordo com a organização do projeto, mais de 1 mil mulheres acima de 40 anos já foram atendidas em um período de aproximadamente 15 dias e nesta terça-feira (26) a unidade móvel está na rua Zilda Arns, no bairro das Malvinas. “O câncer de mama é assintomático e a mulher não tem muita cultura de fazer o exame, então estamos vindo aonde elas estão. É até uma forma de evitar custos com o deslocamento e a mamografia é feita de forma muito rápida, pois são ceca de 10 minutos”, pontuou o coordenador do projeto, Isaias dos Santos.
O projeto 'Amigos do Peito' é financiado pelo Governo Federal e atua em parceria com os municípios. Em Campina Grande, ele está atuando há cerca de 15 dias e vai continuar atendendo à população até o dia 31 de dezembro, ainda de acordo com o coordenador. A unidade móvel conta com uma técnica em radiologia, uma recepcionista e um motorista. O centro de diagnóstico fica no Recife, em Pernambuco, onde a película da mamografia é analisada. O resultado do exame é encaminhado para a Unidade Básica de Saúde da área de cada paciente.
A previsão dos organizadores do projeto é de que na quarta-feira (27) a unidade móvel do 'Amigos do Peito' esteja no distrito de Galante. Na quinta-feira (28) a estimativa é de que os atendimentos sejam oferecidos no bairro do José Pinheiro, enquanto que na sexta (29) e sábado (30) as beneficiadas sejam as mulheres do Monte Castelo e do São José, respectivamente. Para saber qual o local em que a unidade móvel vai estar, as pessoas podem ligar para o número (83) 99839-0064 e obter mais informações.
Assistência
O trabalho de prevenção do câncer de mama é feito por meio das Unidade Básicas de Saúde e de campanhas, como a do Outubro Rosa. No Hospital Municipal Pedro I há dois tomógrafos, que já realizaram 4.644 mamografias no primeiro semestre desse ano, de acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde. Ainda conforme a secretaria, quando há a confirmação do diagnóstico do câncer de mama, as mulheres são encaminhadas para a consulta com o mastologista para fazer a realização da biópsia, bem como o acompanhamento e os encaminhamentos necessários. Nos últimos seis meses foram realizadas 825 consultas com mastologistas no Pedro I.
Na Paraíba, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) afirma que não tem medido esforços para melhorar a qualidade do atendimento aos pacientes de câncer, investindo na compra de equipamentos, melhorando e ampliando os ambientes físicos, além de oferecer médicos e técnicos. Com relação ao Câncer de mama, especificamente, o Estado vem fazendo a aquisição de mamógrafos para hospitais do interior da Paraíba.
Serviços referenciados para tratamento de câncer na Paraíba:
Hospital Napoleão Laureano – João Pessoa;
Fundação Assistencial da Paraíba (FAP) – Campina Grande;
Hospital Universitário Alcides Carneiro – Campina Grande;
Saiba mais
Conforme o INCA, o câncer de mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil, depois do de pele não melanoma, respondendo por cerca de 25% dos casos novos a cada ano. Ele também acomete homens, mas é raro, representando apenas 1% do total de casos da doença. O câncer de mama é relativamente raro antes dos 35 anos, acima desta idade sua incidência cresce progressivamente, especialmente após os 50 anos. Existem vários tipos de câncer de mama. Alguns evoluem de forma rápida, outros, não. A maioria dos casos tem bom prognóstico.
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