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VIDA URBANA

Câncer de mama faz 680 vítimas na Paraíba

Estimativas do Inca, mostram que a taxa de incidência da doença na Paraíba foi de 32,41 para cada 100 mil mulheres em 2012.

Publicado em 01/10/2013 às 6:00 | Atualizado em 14/04/2023 às 17:47

De 2010 até agosto deste ano, 680 mulheres morreram vítimas de câncer de mama na Paraíba. Os dados são da Secretaria Estadual de Saúde (SES) e revelam ainda que somente este ano ocorreram 57 óbitos em decorrência da doença. Para que as mulheres identifiquem o problema mais cedo e aumentem as chances de cura, além das ações desenvolvidas pelos governos municipal e estadual, durante este mês será realizada a campanha 'Outubro Rosa', no Estado.

As estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca) apontam que 640 mulheres receberam o diagnóstico de câncer de mama, em 2012. Segundo o instituto, a taxa de incidência da doença na Paraíba foi de 32,41 para cada 100 mil mulheres. Durante o mesmo período, em João Pessoa, foram registrados 250 casos, com uma taxa de 63,33. Para diminuir esses números, a campanha que começa hoje chamará a atenção das mulheres sobre a importância da mamografia.

Foi por meio desse procedimento simples e do autoexame que a aposentada Ieda Nóbrega descobriu, há 12 anos, que estava com um nódulo em um dos seios. Ela conta que o diagnóstico do câncer só foi comprovado com biópsia, mas afirma que a realização da mamografias regularmente ajudou a identificar a doença ainda na fase inicial.

“Mesmo antes de aparecer a doença, eu sempre fazia o autoexame e os exames periódicos. Por isso identifiquei rápido. Receber o diagnóstico do câncer não é nada agradável, mas com o apoio da família e do grupo “Amigos do Peito”, venci a doença e hoje estou aqui”, disse Ieda.

No caso da aposentada, foi preciso fazer a cirurgia para a retirada da mama que estava infectada com câncer. No entanto, esse procedimento mais drástico pode ser evitado se o câncer for diagnosticado precocemente. “A retirada da mama dependerá do tipo de câncer encontrado, que pode ser menos ou mais agressivo. Se o câncer estiver na fase in situ (em apenas um local da mama), retira-se apenas um quadrante do seio e a mulher terá 98% chances de cura, sem precisar passar por radioterapia ou quimioterapia”, explicou a médica mastologista Joana Marisa Barros.

Mas a médica lamenta que a falta de procura pela mamografia contribui para que a maioria das pacientes só descubra a doença em fase avançada. “Infelizmente, na realidade do nosso país e da Paraíba, 70% dos tumores só são diagnosticados mais tardiamente, o que oferece mais riscos para a retirada da mama. Isso tudo tem a ver com a falta de conscientização das pacientes. Se as mulheres entenderem a importância da mamografia na vida delas, farão o exame. Mas isso tem que ser um trabalho conjunto com as equipes das Unidades de Saúde da Família”, alertou a mastologista.

MAMÓGRAFOS

Na Paraíba, 19 mamógrafos estão disponíveis para as pacientes usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS), segundo informações da SES. Deste total, quatro aparelhos estão em dois hospitais e uma clínica na capital. Em Campina Grande também há a mesma quantidade.

A coordenadora da Saúde da Mulher do município de João Pessoa, Tânia Lucena, informou que a procura por mamografia é pequena na capital e que sobram exames. “Nós oferecemos três mil mamografias por mês. Se a mulher precisar de um exame desses no prazo de 48 horas, nós fazemos. Mas, acontece que as pessoas não estão procurando. As mulheres são encaminhadas por equipes das Atenção Básica à Saúde e não tem lista de espera, porque tem oferta de exames”, explicou.

O JORNAL DA PARAÍBA entrou em contato com a Secretaria de Estado da Saúde (SES) para obter informações sobre as ações realizados pelo governo para prevenir o câncer de mama. No entanto, nenhum representante do órgão quis comentar o assunto. A assessoria de imprensa recomendou a reportagem a procurar uma das coordenadoras de Saúde da Mulher, Charlene Pereira. Ela, por sua vez, pediu que os questionamentos fossem repassados por e-mail, mas, até o fechamento desta edição, não respondeu à mensagem.

A reportagem ainda procurou a Secretaria de Estado de Comunicação Institucional em busca de informações, mas não obteve êxito.

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Jornal da Paraíba

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