Câncer de mana é o que mais mata mulheres

O câncer de mama é o que mais mata mulheres a partir de 30 anos. As pessoas que tiveram menarca (primeira menstruação) ou que entraram na menopausa (período sem menstruação) precocemente e que fizeram uso prolongado de anticoncepcionais e que possuem casos da doença na família são as mais vulneráveis a desenvolver a doença.

“No entanto, esses fatos não são determinantes, ou seja, qualquer pessoa que não tenha apresentado essas características pode apresentar um tumor. A única forma de defesa é o diagnóstico precoce”, alerta a mastologista Joana Mariza de Barros.

A agricultora Creuza Braz Oliveira, 51 anos, sentiu na pele as consequências da falta de assistência pública. Ela mora no município de Borborema, no Sertão da Paraíba. Há 4 anos, encontrou um nódulo no seio e foi à mastologista. Ao chegar ao local, a médica desconfiou que se tratava de câncer e solicitou uma mamografia.

“O exame demorou muito e eu preferi fazer tudo particular e paguei muito caro pelo exame. Quando saiu o resultado, mostrou que a doença estava em estágio avançado e tive que fazer a cirurgia no seio e começar a quimioterapia”, desabafa.

A agricultora reconhece que teria maiores chances de cura, se a doença tivesse sido detectada no começo através dos exames de mamografias. No entanto, apesar dela ter que se submeter a sessões regulares de quimioterapia, ela considera uma sortuda. “Muita gente tem câncer e só descobre quando a doença está no final, quando não há mais jeito. Mas, no meu caso, eu estou em tratamento e tenho certeza que vou ficar curada.

A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Saúde para comentar o assunto. No entanto, até o fechamento dessa edição, o setor não emitiu qualquer pronunciamento sobre as providências que serão adotadas com relação à falta de uso dos oito mamógrafos.