VIDA URBANA
Caps AD atende usuários de várias classes sociais
Diretora do Centro lembra que "droga não escolhe classe, nem cor". Álcool representa maioria dos casos.
Publicado em 15/11/2015 às 8:00
Quando lançado pelo governo federal há alguns anos, o programa 'Crack, é possível vencer' prometeu aos usuários de drogas “cuidado, atenção integral e continuada às pessoas com necessidades em decorrência do uso de álcool, crack e outras drogas”, conforme consta no site do governo. Na prática, o cuidado ainda não chegou a quem precisa. A última atualização do programa do governo federal foi feita em agosto de 2013.
A realidade do Caps AD, em João Pessoa, reflete a realidade das ruas. Segundo Fátima Miranda, diretora da unidade, diariamente são atendidas pessoas de variados níveis sociais, o que mostra que a droga não escolhe classe, nem cor. Da porta para dentro do Caps, as diferenças desaparecem e todos se tornam iguais, segundo a diretora. “Hoje temos pacientes de todo tipo que você pode imaginar, inclusive pessoas bem inseridas socialmente”, declarou.
O Centro conta com dez leitos de desintoxicação leve, sendo sete destinados para homens e três para mulheres. O atendimento é exclusivo para maiores de 18 anos. Cerca de 60% dos pacientes buscam tratamento para alcoolismo, e o restante para drogas, incluindo o crack, que tem efeito devastador no organismo, segundo os médicos e especialistas na área. Depois do acolhimento, os pacientes passam pela escuta qualificada com uma equipe de psicólogos. É comum a chegada de usuários intoxicados.
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