VIDA URBANA
Carta 'picante' vai parar no Diário de Justiça Eletrônico
No documento, a servidora estaria terminando um relacionamento, após descobrir que o rapaz com quem ela estava saindo também estaria tendo uma relação com uma amiga em comum
Publicado em 29/02/2012 às 6:30
Uma publicação no mínimo inusitada causou confusão no Tribunal Regional do Trabalho da 13º Região (TRT), localizado em João Pessoa. Uma carta 'picante', assinada por uma servidora identificada como “Marta”, foi parar no Diário de Justiça Eletrônico do último dia 16 – em um espaço no qual são publicadas as sentenças e decisões do TRT – e veio à tona ontem.
No documento, a servidora estaria terminando um relacionamento, após descobrir que o rapaz com quem ela estava saindo também estaria tendo uma relação com uma amiga em comum – chamada de Jamile. “Eu não sabia que você e uma pessoa tão próxima a mim, de quem gosto e a quem devo obediência profissional, está de caso com você”, disse Marta, ao acrescentar que “eu não sabia nada de vocês, mas vocês sabiam de mim e você sabia de nós duas”.
A servidora escreveu ainda que em outra ocasião tinha aceitado ficar com ele, mesmo sabendo que ele tinha uma namorada, mas não poderia conviver com a situação novamente, principalmente porque desta vez a “terceira pessoa” era muito próxima a ela.
Marta relembrou momentos vividos com o affair e disse estar triste com a “nova história triangular” em que ele a tinha envolvido. "Nunca aceitei sexo a 'três' porque gosto é do encontro íntimo, da brincadeira gostosa com o parceiro que me atrai, da troca a dois, não exatamente de tesão por tesão, de troca corporal apenas", relata.
A autora da carta ainda contou que o affair propôs ter as duas ao mesmo tempo e que apreciava a honestidade dele, ainda que “tardia”, em assumir a 'traição'.
Em outros trechos, ela assume que não gosta de promiscuidade, "não por moralismo, mas porque minha energia não se afina com isso e procuro mais do que sexo".
Em entrevista ao JORNAL DA PARAÍBA ontem, o presidente do TRT, o desembargador Paulo Maia Filho, informou que a servidora responsável pela publicação já pediu exoneração do cargo comissionado que tinha e que o órgão abriu um processo administrativo disciplinar para apurar o caso.
“Houve um equívoco de uma trabalhadora da 2ª Vara do Trabalho do Fórum de João Pessoa, que passou um e-mail pessoal e que foi parar na publicação do Diário. Ninguém sabe a motivação, nem ela sabe explicar como isso aconteceu”, disse Paulo Maia.
O desembargador frisou, ainda, que tomou conhecimento do erro na última sexta-feira e desde então pediu que a publicação fosse retirada do ar. No entanto, como o Diário da Justiça Eletrônico é gerido pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), as publicações dos Tribunais Regionais não podem ser suprimidas ou alteradas pelo remetente.
O desembargador enfatizou que o erro não causou prejuízo às partes envolvidas no processo – que teve o número incluído no início da publicação. A íntegra da carta está no G1 Paraíba (g1.globo.com/paraiba).
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