VIDA URBANA
Carteiros devem trabalhar duas horas a mais após fim de greve
Funcionamento dos serviços retornou normalmente; acréscimo de duas horas servirá para repor período de suspensão das atividades.
Publicado em 29/09/2012 às 6:00
Mais de 700 funcionários da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos retornaram ao trabalho ontem. Durante toda a manhã, o comando de greve, nas cinco centrais de distribuição nos municípios de João Pessoa, Campina Grande, Patos, Sousa e Cajazeiras, desmontou as barracas que serviram como apoio à greve e retirou todos os adesivos das portas das agências. O funcionamento dos serviços retornou normalmente e segundo o comando de greve regional, existe a possibilidade de acréscimo de duas horas diárias nos serviços até que se atinja as 72 horas que ficaram paralisadas.
Segundo o diretor do Sindicato dos Trabalhadores da Empresa de Correios e Telégrafos da Paraíba (Sintect-PB), Marcos Roberto Rodrigues, dos 1.570 funcionários efetivos, cerca de 50% aderiram à última greve, deflagrada no dia 19 deste mês.
“Nós ficamos 72 horas sem executar os serviços e deveremos repor através de um adicional de duas horas diárias, inclusive aos sábados, para atender à demanda”, informou.
Durante o retorno dos serviços, as agências funcionaram normalmente, com o serviço dos efetivos e terceirizados. Os nove dias de paralisação terminaram com um reajuste de 6,5% nos salários, manutenção do plano de saúde, além de acréscimos nos tickets alimentação e outros benefícios.
“Considerando que houve o reajuste e que a empresa manteve o nosso plano de saúde, que era a maior preocupação da categoria, a decisão do Tribunal Superior do Trabalho foi vantajosa para nós”, contou.
Mas, segundo disse, a reivindicação pelo aumento de efetivo persiste, já que segundo ele, há uma necessidade de, pelo menos, mais 300 carteiros em todo o Estado. “Hoje são 450 carteiros concursados em todo o Estado e essa demanda é insuficiente, considerando o aumento da população. No bairro da Mangabeira, onde trabalho, o número de carteiros que atendia a população há 20 anos é o mesmo de agora”, lamentou. Durante os nove dias de greve, cerca de 350 mil objetos deixaram de ser entregues, diariamente.
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