'Casa da Pólvora' deve ser entregue em junho

A população de João Pessoa precisa esperar mais um mês para ter acesso ao Parque Casa da Pólvora, localizado no Centro Histórico da cidade, que deveria ter sido concluído no dia 16 de abril deste ano, como consta na placa da obra.

Segundo a Coordenadoria do Patrimônio Cultural da capital (Copac), responsável pelo acompanhamento das intervenções, os trabalhos serão finalizados no próximo mês e o atraso foi motivado pela pesquisa arqueológica, que demorou mais que o previsto. A obra orçada em cerca de R$ 1,3 milhão faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) Cidade Melhor, do Ministério da Cultura.

O custo total foi financiado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) com contrapartida da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), que por meio do prefeito Luciano Cartaxo, assinou a ordem de serviço no dia 18 de outubro do ano passado, como parte da política municipal de revitalização do Centro Histórico.

De acordo com o coordenador da Copac, Fernando Milanez Neto, a previsão inicial de entrega do parque era para abril último, mas em virtude da atividade arqueológica, a obra só será entregue à população no próximo mês.

“A parte da arqueologia demorou mais do que o previsto e somente após a conclusão dela é que poderíamos começar as obras. Mas a restauração e a parte urbanística já foram concluídas e agora só resta terminar o prédio da sede administrativa. No mais tardar em junho, haverá a inauguração do parque”, afirmou. Ele acrescentou que a data será definida pelo prefeito.

Fernando Milinez ressaltou que a última reforma feita na Casa da Pólvora datava o ano de 1975. “Assim, 38 anos depois, estamos restituindo o pôr do sol de João Pessoa. Esse projeto vem resgatar a história da cidade. É o pontapé inicial de vários outros grandes projetos de revitalização do Centro Histórico”, destacou.

O coordenador disse que a intervenção pretende devolver parte do passado de João Pessoa à população, reavivando a importância histórica e cultural, onde incluiu a restauração da Casa da Pólvora, a construção de um parque ecológico no entorno e da sede administrativa.

“Além disso, a obra trará de volta a visão ao pôr do sol, o espaço para um café cultural e um teatro de arena, que vai funcionar como anfiteatro. E no prédio principal ainda haverá espaço para exposições”, afirmou.

Para o superintendente do Iphan na Paraíba, Umbelino Peregrino, o parque é um marco na fase de retomada da revitalização do Centro Histórico de João Pessoa. “A Casa da Pólvora é fruto de um trabalho que vem se desenvolvendo junto com a prefeitura na captação de recursos do PAC, que contemplam várias obras nessa área histórica da cidade”, declarou.

“Não é apenas a recuperação de um elemento tombado desde a década de 30, é um processo que proporciona desenvolvimento histórico, cultural e econômico para a cidade”, completou.