VIDA URBANA
Casal homoafetivo é agredido na saída de bar em Campina Grande
Uma das vítimas ainda conseguiu correr e não teve muitos ferimentos. Casal acredita que agressões foram motivadas por preconceito.
Publicado em 18/12/2015 às 11:43
Um casal homoafetivo foi agredido por um grupo de jovens, na madrugada desta sexta-feira (18), no bairro do Catolé, em Campina Grande. Os dois homens estavam em um bar e foram perseguidos logo após deixarem o estabelecimento. Uma das vítimas ainda conseguiu correr e não teve muitos ferimentos, mas, a outra depois de espancada foi encaminhada para o Hospital de Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes, em Campina Grande. As vítimas acreditam que as agressões foram motivadas por preconceito.
Os suspeitos do crime são quatro homens que estavam em um veículo Celta de cor vermelha. Segundo a Polícia Militar, o caso aconteceu na avenida Vigário Calistro. As vítimas foram identificadas como Alisson Carlos da Silva, 21 anos, e Edilson Ferreira da Silva, 34, sendo este segundo o que mais foi agredido e que precisou de socorro médico..
“Nos passamos a noite nesse bar e depois saímos caminhando pelo bairro abraçados. Depois de alguns metros eu senti vontade de urinar e parei próximo a um poste em uma esquina. Neste momento, os quatro homens param o carro e desceram já dizendo: “safados, vocês vão levar uma surra agora”. Eles eram bem jovens. Eu lembro que me deram um soco e eu caí. Depois disso eu só lembro da Ambulância do Corpo de Bombeiros me levando para o Hospital.”, disse Edilson Ferreira da Silva. Já a outra vítima, Alisson Carlos conseguiu correr, mas ainda chegou a ser agredido com um soco no rosto.
Com maiores ferimentos, Edilson Ferreira deu entrada no Hospital de Trauma durante a madrugada com cortes na cabeça, rosto e hematomas pelo corpo. Depois de atendido ele ficou algumas horas em observação e recebeu alta médica por volta das 9h desta sexta-feira (18). A vítima disse que vai procurar justiça. “Eu acredito que foi preconceito, pois não havia motivo. Não conhecia eles, era madrugada e estávamos apenas caminhando juntos. Eu ainda não fui na delegacia, pois estou sentindo muitas dores, mas não vou deixar por isso. Ainda vi as letras da placa do carro e vou em busca de imagens de câmeras de segurança em estabelecimentos próximos”, disse Edilson.
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