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VIDA URBANA

Caso Rebeca: defesa quer anular julgamento que condenou ex-padrasto da estudante

Advogados alegam que não existem provas contra o cabo Edvaldo Soares da Silva

Publicado em 07/03/2019 às 9:58 | Atualizado em 07/03/2019 às 16:49


                                        
                                            Caso Rebeca: defesa quer anular julgamento que condenou ex-padrasto da estudante
Joana Rosa

				
					Caso Rebeca: defesa quer anular julgamento que condenou ex-padrasto da estudante
Cabo Edvaldo foi condenado em julgamento na sexta-feira (1º) (Foto: Joana Rosa). Joana Rosa

A defesa do cabo da Polícia Militar Edvaldo Soares da Silva quer anular o julgamento que o condenou a 31 anos de pisão pelo estupro e morte da estudante Rebeca Cristina Alves, que era enteada dele. Os advogados apresentaram um apelação junto ao Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) alegando que não existem provas para a condenação.

A morte de Rebeca aconteceu no dia 11 de julho de 2011.O corpo de Rebeca foi encontrado na Mata da Jacarapé. Ela tinha apenas 15 anos, quando foi estuprada e assassinada no trajeto entre sua casa e o Colégio da Polícia Militar, em Mangabeira VIII, Zona Sul de João Pessoa.

O cabo Edvaldo, ex-padrasto da vítima, foi condenado na madrugada da sexta-feira (1º) após mais de 12 horas de julgamento no Tribunal do Júri de João Pessoa. Ele pegou 10 anos de reclusão pela co-autoria do crime de estupro qualificado e a 21 anos pelo crime de homicídio qualificado. A pena vai ser cumprida em regime fechado.

O advogado Gabriel Cirne, um dos representantes de Edvaldo, disse nesta quinta-feira (7) que a defesa quer um novo julgamento do policial."A decisão contrariou manifestamente as provas dos autos", explicou.

Cirne ressaltou também que vai insistir na oitiva do delegado Glauber Fontes, que atuou na investigação do crime. Ele foi arrolado como testemunha de acusação pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) mas não compareceu ao julgamento.

Caso de execução

“Não existe crime perfeito”, disse o promotor Marcus Leite, responsável pela acusação de Edvaldo Soares da Silva, durante o julgamento. Ele argumentou que o tiro na nuca atestava que era um caso de execução. “A pessoa sabia o que estava fazendo”, destacou.

Bode expiatório

Durante seu depoimento no julgamento , Edvaldo negou ter matado Rebeca e disse que querem condená-lo para dar uma satisfação à sociedade e está sendo um bode expiatório do caso. Segundo o promotor, os delegados que passaram pelo caso relataram que Edvaldo costumava fazer tumulto na delegacia ao levar pessoas aleatórias para fazer exames de DNA, sempre os apontando como suspeitos do caso.

Parte da defesa de Edvaldo se baseou na tese de que as provas apresentadas não o ligam ao crime e também defendeu que o cliente está sendo usado como resposta para o crime. Além disso, o advogado Wagner Veloso questionou a postura dos delegados responsáveis pela investigação. Ele também lançou suspeitas sobre o jovem que namorava com Rebeca, com quem ela teria conversando ao telefone durante cinco horas no dia anterior ao crime.

Imagem

Jhonathan Oliveira

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