Catador morre de leptospirose em CG

Um catador de materiais recicláveis morreu vítima de leptospirose, em Campina Grande, na última segunda-feira. Francisco Salviano da Silva, 56 anos, que residia no bairro Pedregal, passou 15 dias internado no Hospital Universitário Alcides Carneiros (HUAC). A direção do HUAC confirmou o diagnóstico do caso de leptospirose e a morte do paciente que ficou com os rins paralisados.

A irmã da vítima, Cleide da Silva, disse que Francisco Saviano trabalhava como catador e os primeiros sintomas apresentados pela doença foram de febre e vômitos. “A gente pensava até que fosse uma virose, mas depois de 3 dias de internação o diagnóstico confirmou a doença de leptospirose, o que acabou só agravando a situação do meu irmão que não resistiu”, disse.

De acordo com a Gerência de Epidemiologia da Secretaria de Saúde de Campina Grande, este é o primeiro caso de morte registrado este ano no município causada pela leptospirose, entretanto, o número de casos notificados soma o total de quatro. A gerente da Vigilância Ambiental de Campina Grande, Rossandra Oliveira, adiantou que o trabalho de prevenção contra leptospirose acontece através do monitoramento de áreas que apresentam características de riscos. “Toda atuação da vigilância ambiental é no sentido de prevenção, com a realização de mapeamentos sobre as áreas de risco, a exemplo de canais onde a incidência de animais infectados pode ser alta”, comentou.

Rossandra Oliveira ressaltou ainda que a Vigilância Ambiental mantém periodicamente o trabalho de orientação à população sobre os riscos da doença e de como acionar os órgãos responsáveis nos casos da identificação de locais de risco.

NA PARAÍBA
Segundo dados do Núcleo de Controle de Zoonoses da Secretaria de Saúde do Estado, a Paraíba já registrou durante este ano 34 notificações de casos de leptospirose. Destes, seis foram confirmados e 28 estão em processo de análise. Além da morte esta semana em Campina Grande, outra aconteceu no município de Cruz do Espírito Santo, no mês de maio.

O chefe do Núcleo de Controle de Zoonoses da Secretaria de Estado da Saúde, Francisco de Assis Azevedo, disse que por ser recente o último caso ainda não foi informado ao setor de controle da secretaria, entretanto, ele destacou como é feito o trabalho de notificação dos casos. “A notificação da doença ela acontece de maneira obrigatória a partir do atendimento ao paciente, contudo, o caso só pode ser considerado como comprovado após a realização de exames e encaminhamento do processo para laboratórios”, disse. Ele ressaltou também, que o Núcleo de Controle de Zoonoses do Estado desenvolve constantemente, através de parceria com os municípios, a realização de capacitações e orientações sobre como proceder no caso de suspeitas para identificação da doença.