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VIDA URBANA

Catadores continuam no antigo lixão de CG

Mesmo com o lixão fechado há seis meses, catadores insistem em ficar no lixão em Campina Grande.

Publicado em 12/07/2012 às 6:00


Depois de seis meses desativado, o antigo lixão de Campina Grande ainda abriga catadores que retiram do local os restos do entulho. Com muita dificuldade, eles cavam a terra buscando resquícios do que ainda pode ser reciclado e continuar no local foi a única alternativa que encontraram para conseguir o sustento da semana. O lixo da cidade está sendo levado para o aterro sanitário do município de Puxinanã, no Agreste.

De acordo com o secretário municipal de Assistência Social (Semas), Robson Dutra, 223 famílias que trabalhavam no local estão recebendo mensalmente cestas básicas, mas o benefício financeiro foi suspenso temporariamente. Os catadores reclamaram do atraso na entrega dos benefícios.

Escondidos nos fundos do antigo lixão de Campina Grande, seis catadores ainda insistem em retirar o que ainda restou dos entulhos. Eles informaram que sem emprego, não encontraram outra alternativa para continuar sobrevivendo. “Estou aqui há mais de 40 anos e infelizmente nunca consegui um emprego de verdade. Isso não é opção pra ninguém, mas a gente não pode escolher. Ficou mais difícil para todos os catadores depois que retiraram o lixo daqui. O que a gente ainda busca são pedaços de ferro ou o que ainda puder ser reciclado. Ainda mais os benefícios que a prefeitura nos oferece está atrasado”, contou a catadora Laura Pereira da Silva, 63 anos.

Desde os 10 anos de idade trabalhando no antigo lixão, o catador Isaíldo Souza, 39 anos, contou que o benefício concedido pela prefeitura não é suficiente para o sustento de sua família. “Ajuda sim, mas não é suficiente porque tenho três filhos para sustentar.

O jeito foi cavar a terra do lixão para tentar encontrar alguma coisa que sirva para a venda. Eu chegava a tirar mais de um salário mínimo por mês antes, mas agora somente uns R$ 200”, lamentou.

No local trabalhavam 223 famílias que estão sendo beneficiadas pela prefeitura, mas segundo o secretário da Semas, a ajuda de R$ 100 teve que ser suspensa temporariamente. “Nós precisamos de uma dotação orçamentária para continuar com o benefício financeiro, o que deve ser aprovado pela Câmara Municipal, mas as cestas básicas continuarão a ser doadas”, contou. Ele informou que as cestas serão entregues às famílias hoje pela manhã. O secretário também explicou que os benefícios só serão cortados quando os galpões, que deverão servir como fonte de trabalho para os catadores, estiverem prontos.

O secretário de Obras, Alex Azevedo, informou que os galpões, que vão oferecer postos de trabalho aos catadores, só serão construídos após o fim do processo licitatório e o resultado da licitação deve sair em 15 dias. “Pretendemos construir 12 galpões nos bairros mais carentes da cidade, inclusive o bairro do Mutirão, e após a homologação do processo, será dada a ordem de serviço para iniciar a construção. Quando os galpões estiverem concluídos, o trabalho com as cooperativas vai começar imediatamente, e nós pretendemos que isso ocorra com o máximo de urgência possível”, disse o secretário.

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Jornal da Paraíba

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