Catadores realizam manifestação contra depósito de lixo em novo aterro de CG

Cerca de 100 catadores de materiais recicláveis de Campina Grande fazem uma manifestação nesta quinta-feira (16) no novo aterro sanitário do município, localizado na Alça Sudoeste, nas proximidades do distrito de Catolé de Boa Vista. A mobilização tem o objetivo de reivindicar esclarecimentos da Prefeitura, já que o aterro - utilizado através de um contrato emergencial de 120 dias após a desativação do aterro de Puxinanã - está funcionando de forma inadequada.

"Para ser considerado aterro, este local só deveria receber ‘rejeitos’, que são aqueles materiais que não têm nenhuma forma de aproveitamento", afirmou a assistente social Mary Alves, uma das organizadoras do movimento. "A coleta seletiva deveria ter sido implementada antes do funcionamento do aterro, o que daria a possibilidade dos catadores trabalharem, já que eles mantém suas famílias com o que arrecadam da venda dos recicláveis", explicou.

Os manifestantes exigem ainda a implementação da Lei nº 12.305/10, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e o Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos. "O material está sendo levado e aterrado todo nesta nova área sem qualquer triagem, tirando deles a possibilidade de coletar o material reciclável e abrindo um novo lixão em Campina Grande, degradando uma nova área", disse Mary Alves.

Segundo a Prefeitura de Campina Grande, os depósitos no novo local são realizados em caráter temporário. "A Secretaria de Administração irá publicar um edital em no máximo 15 dias para abrir uma licitação e, assim, encontrar uma área própria para o destino correto do lixo em Campina Grande", garantiu.