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VIDA URBANA

Católica e umbandista vivendo no mesmo teto

Publicado em 04/12/2011 às 8:00


A casa simples, mas decorada com imagens de santos católicos e de entidades da umbanda já denuncia, de longe, a mistura de religiões que existe no lugar. O endereço é de José Maria de Oliveira e Marinalva da Silva, um casal que trocou as alianças, três décadas atrás, e não imaginava que aquela união iria fortalecer o fenômeno chamado por estudiosos de "sincretismo religioso".

O nome é dado à união de doutrinas de diversas religiões que começou a se desenvolver no Brasil na época da colonização.

Escravos chegaram ao país trazendo crenças e costumes da África. Mais tarde, essa bagagem cultural foi misturada com a religião e tradição vindas da Europa, pelos portugueses.

José Maria tem 51 anos e é umbandista. Marinalva é dois anos mais velha e é católica. Apesar disso, os dois vivem juntos há 31 anos, tiveram cinco filhas e construíram uma relação desprovida do preconceito religioso. A família mora em Cajá, distrito de Caldas Brandão, a 60 quilômetros de João Pessoa.
A casa, modesta, localizada numa área humilde da cidade, chama a atenção por um detalhe curioso: fica ao lado de uma capela e de um centro de umbanda.

Os dois templos foram erguidos pelas mãos do mesmo homem: José Maria, que tem orgulho de ser conhecido na área como 'Zé Macumbeiro'. Natural de Santa Rita, mas vivendo em Cajá há quase 49 anos, ele afirma que é católico e umbandista ao mesmo tempo e acredita que Deus seja único e possa ser adorado nas duas religiões.

No pescoço, três colares confirmam a fé nas duas crenças. Um é crucifixo com a imagem de Cristo e os outros dois possuem símbolos da umbanda.

“Nada acontece na nossa vida, sem que Deus permita. Adoro Jesus, mas também conheço os mistérios para o mal, porém, só faço trabalho para o bem, como curar doente, juntar casal separado ou abrir um comércio”, garante José Maria.

“Quando chega um cliente aqui pedindo trabalho para seu inimigo morrer, eu procuro orientar a pessoa a fazer outro trabalho. Quando o serviço não dá para mim, eu nem quero o dinheiro”, completa José Maria.

Imagem

Jornal da Paraíba

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