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VIDA URBANA

Celulares são principal alvo de bandidos em JP

Para muitos, o avanço da criminalidade implica na necessidade de um maior resguardo, principalmente com relação aos aparelhos.

Publicado em 15/08/2014 às 6:00 | Atualizado em 07/03/2024 às 15:57

Seja em bairros mais nobres, da orla de João Pessoa – como Manaíra, Tambaú e Cabo Branco –, ou na área central da capital, é comum ver pessoas olhando ao seu redor, cautelosas, tentando se prevenir de qualquer ação criminosa. Para muitos, o avanço da criminalidade implica na necessidade de um maior resguardo, principalmente com relação aos aparelhos celulares que, segundo eles, são o principal alvo dos bandidos, que agem livremente devido à ausência de policiamento.

No bairro de Manaíra, por exemplo, há quem declare que a população se vê refém dos bandidos. Morador do bairro há cerca de 5 anos, o aposentado Joenilson Meira, de 67 anos, relata momentos de terror que já viveu com sua família. “Não faz 3 meses que na esquina quando eu vinha do shopping três moleques de bicicleta nos avistaram. Um deles pulou em frente ao capô do meu carro e apontou uma arma para nós. Ele deu um tiro que furou o vidro, arrancou o retrovisor, furou o banco do assento e ainda atingiu a perna da minha filha, que estava atrás. Deus que nos livrou”, declarou o aposentado.

Segundo ele, poucos minutos antes de ser entrevistado, uma mulher tinha batido em sua porta pedindo socorro, pois tinha acabado de ser assaltada.

“A pobre estava aperreada. Aqui é muito perigoso. Nesse último mês eu e minha mulher fomos assaltados três vezes”, lamentou. “Aqui eu me sinto refém dos bandidos. Não só eu, mas você pode perguntar a quem quiser aqui. Eu pretendo me mudar e, se você olhar pela rua, só o que tem são placas de vende-se nas casas. Ninguém aguenta mais isso aqui, não. Não é só um, são dois, três, até quatro assaltos por dia só aqui”, completou.

O aposentado ainda declarou que não sai de casa a menos que seja de carro, não caminha na rua, e ainda levantou o seu muro e colocou cerca elétrica após uma invasão de bandidos em sua casa na qual foram levados diversos pertences da família. Ele mora na rua Virgovino Florentino da Costa, porém, segundo ele, essa não é a única região perigosa do bairro.

A dona de casa Leide Fernandes, de 36 anos, tem a mesma opinião do aposentado. Era por volta das 10h30 quando ela voltava, apressada, da escola com seu filho, Carlos, de 6 anos.

Apesar de seu filho estudar perto de casa e ela poder ir pegá-lo a pé, essa é uma rotina que a deixa temerosa, diariamente, ao se lembrar que já foi vítima de assaltos duas vezes.

“Aqui a gente vive com medo. Eles vieram uma vez, colocaram a arma em minha cabeça e pediram o celular, eles sempre pedem o celular. Agora quando eu ando, venho sem nada”, comentou. “Agora deixa eu ir embora, que aqui é muito perigoso e eu preciso correr”, frisou enquanto seguia, apressadamente, seu caminho.

Porém não basta morar em bairros nobres ou da orla da capital para se sentir inseguro. A comerciante Juliana Benício, de 26 anos, anda, diariamente, pelo Centro da cidade e pelo bairro do Varadouro. Lá, ela relata que a criminalidade também é algo que assusta.

“Eu não ando com celular exposto na mão, no bolso, em lugar nenhum. Se eu precisar usar o telefone, vou para um canto reservado. Essa é a forma de se prevenir, guardando tudo, porque se for depender da polícia, 'tá' ruim, ainda mais mulher, que 'tá' ainda mais vulnerável”, comentou.

Apesar do medo de andar na rua com o celular por parte de algumas pessoas, há quem se arrisque com o aparelho nas mãos mesmo em locais considerados perigosos. É o caso do funcionário público Antônio Gomes, 40 anos. “Eu nunca fui assaltado e acho que é por isso que sou um pouco confiante em andar com ele na mão, mas confesso: é importante que a gente esteja atento e se previna”, reconheceu.

POLÍCIA AFIRMA QUE FAZ RONDAS

Segundo o capitão João Alysson de Brito, do 1º Distrito Integrado de Segurança Pública (Disp), responsável pelo policiamento do bairro de Manaíra e região da orla da capital, policiamento e rondas são constantemente realizados para coibir esse tipo de ação dos bandidos.

Apesar de reconhecer o problema dos frequentes roubos e assaltos em Manaíra, o capitão comentou que um dos maiores problemas é a ostentação. “Muita gente ostenta aparelhos celulares na praia, principalmente na região da orla, mas a gente também vê isso em outras localidades e ruas do bairro, principalmente próximos do bairro São José. Então é preciso que as pessoas se orientem nesse sentido, de fazer sua parte”, comentou.

Já de acordo com o tenente-coronel Adielson Pereira, comandante do 1º Batalhão de Polícia Militar (BPM), esses crimes, que ele nomeou como de “pequeno potencial ofensivo” são bastante frequentes na área central da cidade. Para ele, a recorrência dos roubos é devido a fatores como impunidade e falta de atenção da população.

“Nós colocamos policiamento motorizado, a pé, em rondas. Não temos como colocar em cada esquina um policial, mas nós fazemos o possível, porém é preciso que as pessoas atentem para a movimentação ao seu redor e, da mesma forma, que elas notifiquem sempre, para podermos fazer um trabalho ainda mais efetivo”, orientou.

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Jornal da Paraíba

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